Ações ordinárias ou preferenciais? Quais são melhores para iniciantes?
Com o crescente interesse dos brasileiros por investimentos, aplicar na bolsa de valores tornou-se comum. Em janeiro de 2022, a B3 atingiu cinco milhões de pessoas físicas cadastradas para investir. Porém, para quem decidiu mergulhar agora nesse universo é preciso saber alguns conceitos para alcançar os resultados esperados.
Um dos principais papéis negociados na bolsa são as ações, que são divididas entre ordinárias e preferenciais. Sabe qual é a diferença entre elas e qual se ajusta melhor para quem está iniciando em renda variável? Confira!
Diferentes papéis
Ao entrar na bolsa, as empresas podem decidir entre colocar no mercado tipos diferentes de ações, chamadas de ordinárias ou preferenciais. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens e a escolha do tipo que fará parte da sua carteira dependerá da estratégia escolhida pelo investidor.
Confira as regras para cada uma delas:
Ações ordinárias dão direito a voto nas assembleias de acionistas. Ou seja, você pode ajudar a definir os rumos da empresa. Porém, isso vai depender de quantas ações você tem. Quanto mais “partes” da empresa estiverem com você, mais influência sobre as decisões você tem. Um pequeno investidor com poucos papeis da Petrobras, por exemplo, não tem muito poder.
Por outro lado, mesmo os acionistas minoritários podem aproveitar um aspecto importante das ações ordinárias: proteção! Conhecida como “tag along”, essa opção permite aos investidores o direito de vender as ações da empresa com 80% do valor de mercado garantido caso o controle gerencial seja alterado.
Já as ações preferenciais não dão direito ao acionista de opinar nos rumos da empresa. No entanto, se a companhia costuma fazer distribuição de dividendos, são os acionistas preferenciais que receberão primeiro ou terão direito a uma fatia maior.
Via de regra, ações prefenciais não contam com o direito ao “tag along”, embora algumas empresas escolham estender esse direito para os dois tipos de ações. Contudo, há um tipo de proteção a que os ordinários nunca têm acesso: no caso de falência da empresa, são os acionistas preferenciais que recebem primeiro caso a empresa seja liquidada para pagar aos credores.
Como identificar?
Para diferenciar as duas na hora da compra é muito simples: observe o ticker da ação (se não sabe ainda o que é esse código que identifica as ações, clique aqui):
Ações ordinárias: ticker terminado em “3”;
Ações preferenciais: ticker terminado em “4”.
Um exemplo que facilita o entendimento é a Petrobras. A empresa de petróleo está listada na bolsa tanto com ações ordinárias PETR3 quanto preferenciais PETR4.
Para quem está começando, qual é o melhor caminho?
Em geral, para quem está começando o ideal é focar no longo prazo e ter como objetivo criar o chamado “colchão de renda” que lá na frente será o caminho para a independência financeira. Neste sentido, as ações preferenciais permitem que esse patrimônio cresça mais rápido com o reinvestimento dos dividendos recebidos.
Além disso, depois que o patrimônio tiver alcançado um volume significativo será possível viver só desses rendimentos. Veja neste texto quais investimentos, além das ações preferenciais, são indicados para quem quer buscar a independência financeira.
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