Investimento Estrangeiro Direto é divulgado hoje. O que é isso?
O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (23) os dados para o Investimento Estrangeiro Direto (IED) para o mês de setembro, que atingiu US$ 1,6 bilhão. A estimativa do mercado para o indicador era US$ 2,1 bilhões.
O investimento estrangeiro no Brasil ocorre, em geral, por duas vias: o Investimento no Mercado de Capitais, voltados para o curto prazo; e o Investimento Estrangeiro Direto (IED), objetivando o longo prazo.
O IED pode ser feito de diferentes maneiras, como a compra de participações consideráveis de empresas nacionais. Outra forma comum é abrindo filiais de redes multinacionais no território brasileiro. Ou, ainda, por meio da construção de fábricas e obras de infraestrutura.
Mas por que o Investimento Estrangeiro Direto afeta a vida do investidor brasileiro?
Num contexto mais amplo, a entrada dos recursos estrangeiros contribui para o crescimento das indústrias nacionais, aumentando a quantidade de empregos e, assim, gerando renda para o mercado consumidor brasileiro.
O Investimento Estrangeiro Direto também aumenta a competição dentro dos setores, já que insere players internacionais na concorrência interna. Assim, estimula a inovação dentro das empresas brasileiras.
Para o mercado financeiro, o resultado são novas opções de investimento com boas rentabilidades e gestões competentes.
E na pandemia?
No momento atual, com a economia nacional fragilizada e sustentada em grande parte por estímulos do governo, o Investimento Estrangeiro Direto possui especial relevância para a recuperação da solidez econômica. Isso fica ainda mais evidente considerando o crescente nível de desemprego no país e o receio dos investidores com a situação fiscal brasileira, que se tornou crítica após o aumento do endividamento com gastos para socorrer empresas e trabalhadores da crise do coronavírus.
A mínima histórica dos juros também afastou investimentos nos títulos públicos, com investidores à procura de opções mais rentáveis que a tradicional renda fixa.