Carteira diversificada: conheça 4 tipos de investimentos alternativos
Poupança, Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA: esses são nomes conhecidos de quem ainda está começando a conhecer as operações do mercado financeiro ou de quem possui perfil conservador e sente-se mais seguro com os investimentos de renda fixa.
Porém, com a taxa Selic na mínima história, cada vez mais pessoas se dão conta que aumentar o risco dos investimentos e, consequentemente, de perder dinheiro, também significa ter chances mais altas de obter rentabilidade superior. Neste cenário, saem de cena a garantia de ganhos e a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e entram os investimentos alternativos.
Separamos quatro opções de investimentos alternativos para quem tem perfil mais arrojado, quer sair do básico e obter ganhos maiores. Veja abaixo:
Peer to peer
Reguladas pelo Banco Central em 2018, as operações do tipo peer to peer (de ponta a ponta, em tradução livre) vêm ganhando cada vez mais força com a popularização das fintechs que as realizam. Além de serem uma opção de crédito para empreendedores, esses investimentos são uma oportunidade para diversificação da carteira.
As aplicações funcionam da seguinte maneira: empresas que querem tomar crédito se registram em plataformas especializadas, que fazem a ponte entre elas e os investidores. Assim, os empresários podem fazer empréstimos com menores juros que os bancários, e quem aplica tem retornos interessantes.
Para os investidores, a captação significa uma oportunidade de participar do crescimento da empresa em meio às transformações do sistema financeiro no país. Além disso, os investimentos peer to peer são uma maneira de diversificar a carteira em meio às mínimas históricas das taxas de juros.
Crowdfunding
Similar às “vaquinhas” online que se popularizaram nos últimos anos, o crowdfunding é uma operação de investimento coletivo realizada por meio da internet. Nessa modalidade, ao invés de arrecadar dinheiro para uma causa, os recursos obtidos vão para empresas ou para o setor imobiliário.
Assim como no modelo peer to peer, são fintechs especializadas as responsáveis por viabilizar as operações e oferecê-las aos investidores. No crowdfunding imobiliário, o dinheiro investido é utilizado no financiamento da construção de imóveis. Quando os empreendimentos são finalizados e alugados ou vendidos, os investidores recebem, com lucro, a remuneração.
Já na modalidade de empresas, o produto financiado é o surgimento ou crescimento de uma companhia que procura por crédito. Assim como no exemplo anterior, a remuneração é repassada aos investidores quando as empresas começam a lucrar.
Precatórios
Os precatórios são representações de dívidas dos municípios, estados ou federação com indivíduos ou empresas. Sua origem está em ordens de pagamento emitidas pela justiça após condenações em que não cabem mais recursos.
Há vários tipos de natureza para os precatórios, mas as mais encontradas são a alimentar — em decisões que envolvem salários, pensões, aposentadorias, indenizações por morte ou invalidez, benefícios previdenciários e créditos trabalhistas — e a comum — em casos de desapropriações, tributos e indenizações por dano moral.
O investimento em precatórios consiste em comprar, com desconto, a dívida de indivíduos que têm pressa em receber os pagamentos. Quando essa dívida é paga integralmente pelo Estado os investidores recebem seu lucro.
Os precatórios alimentares têm preferência sobre os outros; por isso, essa é a categoria mais recomendada para investimento. Além disso, outro fator que deve ser levado em conta é a ordem cronológica da definição judicial, que também dita qual será a sequência de pagamentos.
Venture capital
O investimento em novas empresas de pequeno e médio porte, com alto potencial de crescimento e faturamento ainda baixo, caracteriza a modalidade de venture capital, ou capital de risco, que fecha a nossa lista de investimentos alternativos. Ao realizar esse tipo de operação, o investidor injeta recursos na empresa para fortalecer seu crescimento e pode influenciar o andamento e gestão dos negócios.
Feito principalmente para impulsionar startups e por meio de fundos ou veículos próprios de investimento, o venture capital tem crescido no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), o total de capital comprometido pelos fundos já chega a R$ 153,2 bilhões, com crescimento médio de 28% ao ano.
O venture capital opera com um sistema de rodadas de investimentos. Elas são nomeadas de acordo com a maturidade da empresa e têm valor crescente; o estágio inicial é chamado de Seed e as rodadas seguintes de Series A, Series B, Series C e assim por diante.