Antes de investir: o que considerar na hora de montar sua reserva de emergência?
Cada vez mais pessoas estão se interessando por investimentos. De acordo com dados da B3, só em 2020, o número de CPFs cadastrados na bolsa de valores brasileira quase dobrou: passou de 1,68 milhão em dezembro de 2019 para 3,22 milhões no mesmo mês do ano passado, uma alta de 92,1%.
Antes de investir, porém, é necessário ter o pensamento voltado para a sua segurança financeira. Imagine, por exemplo, que seu celular ou computador, instrumentos fundamentais para o seu trabalho e seu dia a dia, quebrem ou apresentem defeitos. Para contornar a situação, você vai precisar ter dinheiro em caixa. Isso é o que chamamos de reserva de emergência.
Quanto devo guardar?
Imprevistos acontecem com todo mundo. Por isso, é importante que, antes de mais nada, você monte uma reserva financeira para lidar com eventuais problemas. O montante pode começar a ser formado com pequenas quantias da sua renda mensal que acabam sobrando após o pagamento das contas obrigatórias.
O recomendado é que a reserva de emergência seja em torno de seis vezes o necessário para quitar as despesas do mês. Ou seja, se você gasta em torno de R$ 1,5 mil por mês com contas obrigatórias, sua reserva deverá ser em torno de R$ 9 mil. Isso significa que, caso perca o emprego, você conseguirá se manter pelos seis meses seguintes.
Como montar sua reserva financeira de emergência
O importante para começar a montar sua reserva de emergência é diminuir – ou até mesmo liquidar – os gastos desnecessários. Antes de comprar um item, pense se você realmente precisa daquilo. Diminuir a quantidade de comida por aplicativos, como a pizza no fim de semana, é outro ponto que pode ser levado em consideração.
Outra questão é quanto aos impostos anuais, que podem acabar “comendo” sua reserva e “apertar” sua saúde financeira ao longo do ano, como o IPTU e o IPVA. Nesse caso, a principal dica é pagar essas tributações o quanto antes e, se possível, à vista com descontos. Reservar parte do 13º salário – caso você receba o benefício – para quitar esses débitos é o mais recomendado.
Em que investir a reserva de emergência?
Há opções no mercado financeiro que podem fazer seu dinheiro render, ao invés de deixá-lo parado na sua conta bancária. A ideia central da reserva é que você consiga resgatá-la facilmente em caso de emergências. Portanto, é necessário que você aporte esse dinheiro em aplicações que sejam seguras, com baixo risco e alta liquidez.
O mais recomendado no momento é investir em títulos do Tesouro Direto. Isso porque essa aplicação é emitida pelo Governo Federal, a instituição mais segura do país, e os recursos ficam disponíveis para saque diariamente. A modalidade conta com opções pré-fixadas, em que você sabe exatamente quanto vai receber ao final do contrato, e outras pós-fixadas, com opções de rentabilidade atreladas à taxa básica de juros (Selic) ou à inflação oficial do País, o IPCA. Atualmente, tanto a inflação quanto a taxa de juros estão subindo.
No início de 2021, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) elevou a Selic em 0,75%, para 2,75% ao ano, e sinalizou que a taxa deve entrar em um ciclo de altas. Já o IPCA, que fechou 2020 em 4,52%, tem projeção de nova alta para este ano. De acordo com especialistas do mercado financeiro consultados pelo Boletim Focus (Banco Central), a inflação deve avançar a 4,92% até dezembro de 2021. Nesse cenário, títulos do governo com juros pós-fixados podem ser opções atrativas.
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Outra opção é a aplicação em CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária. Esse também é um investimento em renda fixa, mas é emitido por bancos. Os que possuem liquidez diária, normalmente, são os pós-fixados: esses seguem a taxa CDI (Certificado de Depósito Bancário), que geralmente está próxima da Selic.
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