Incertezas: as reformas de Guedes saem em 2021?
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é o protagonista da “novela” das reformas no país, trama que se estende há meses e ainda não chegou ao capítulo final. A princípio, Guedes defendia que fossem aprovadas até o final de 2020. Porém, a história seguiu com um longo período de discussões com parlamentares – em um cenário de pandemia -, eleições e turbulências do Governo. Por fim, ministro e congresso deram o ano por encerrado e o final da história ficou para 2021.
A pergunta que muitos se fazem agora é: as reformas saem em 2021?
A resposta é incerta
Em 23 de novembro deste ano, o ministro disse que iria para o “ataque” para aprovar as reformas e privatizações. A fala aconteceu no 3º Encontro “O Brasil Quer Mais”, evento virtual organizado pela International Chamber of Commerce Brazil (ICC). Cinco dias antes, em uma premiação da revista Exame, Guedes argumentou que “o governo brasileiro está superendividado” e que, por isso, “tem que voltar à trilha das reformas”. Mas, até agora, nada.
A reforma do momento – que não teve ainda nenhuma etapa aprovada pelo Congresso – é a tributária. O texto prevê, entre outras coisas, a simplificação dos tributos sobre o consumo – uma fusão do PIS/Cofins que resultaria na chamada CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). O objetivo é elevar as receitas públicas do Governo Federal.
Em dezembro deste ano Guedes sofreu mais uma derrota: o abandono da proposta de emenda à Constituição Emergencial por seu relator, o senador Márcio Bittar (MDB-AC). A PEC, segundo o Ministério da Economia, poderia economizar cerca de R$ 30 bilhões em despesas anuais para o Governo.
Ano novo, vida nova para as reformas de Paulo Guedes
Algumas das barreiras enfrentadas por Guedes poderão ficar para trás no próximo ano. Uma delas será superada no dia 1º de fevereiro de 2021, quando a Câmara dos Deputados conhecerá seu novo líder. Ao que tudo indica, o candidato do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Democratas), é o favorito na disputa, reunindo maior apoio dos partidos.
Além disso, muitos afirmam que o “clima político” poderá estar mais favorável às propostas do ministro da Economia, após um ano bastante conturbado como 2020. Outro fator que pode ajudar é o recuo da pandemia Ao que tudo indica, apesar das disputas políticas, a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil começará ainda no primeiro trimestre de 2021.
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