IBC-Br é divulgado hoje. Por que é chamado de “prévia do PIB”?
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho foi divulgado na manhã desta segunda-feira (14). O indicador apresentou alta de 2,15%. Em junho, teve alta de 4,89% em relação ao mês de maio, quando subiu 1,59%.
No acumulado do segundo trimestre, IBC-Br registrou queda de 10,94%, refletindo o baque econômico trazido pela pandemia do novo coronavírus. Em abril, pior mês para a atividade brasileira, o indicador despencou 9,7%.
Divulgado mensalmente desde 2010, o IBC-Br é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), que, por sua vez, é publicado trimestralmente. Apesar de ambos se ocuparem da medição da atividade econômica, os dois indicadores possuem diferenças conceituais e metodológicas importantes.
Como o dado compilado pelo Banco Central tem maior frequência, ele é usado principalmente em contextos de decisão de política monetária. Assim como o PIB, ele também tem como insumo o Sistema de Contas Nacionais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No entanto, ao contrário do seu “primo”, o IBC-Br inclui dados como a pesquisa mensal do comércio e dados de consumo de energia elétrica, por exemplo. Já o PIB considera dados de comércio e serviços a partir das informações da Receita Federal, por exemplo.
O PIB, por sua vez, possui um quadro mais abrangente, pois considera o balanceamento entre oferta e demanda. Isso significa que, com mais tempo entre suas publicações, o PIB tem a possibilidade também de reunir mais informações e pintar um quadro mais abrangente da economia brasileira.
Desta forma, ambos apresentam trajetórias semelhantes no médio prazo — por isso a noção de “prévia do PIB” associada ao IBC-Br. Apesar de não ser possível, em termos de compilação de dados, acompanhar a atividade econômica em “tempo real”, os indicadores são complementares para uma visão completa do cenário.