Selic a 12,75% ao ano: quais são os melhores investimentos?
Como já era esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 12,75% ao ano, engatando a décima alta consecutiva na taxa de juros. Além disso, o Copom já sinalizou para uma nova alta em junho, mas em uma magnitude menor.
O aumento é o remédio amargo do Banco Central para tentar frear a inflação no país. No começo de abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de março ficou em 1,62%, acima das expectativas do mercado e no maior patamar para o mês desde 1994.
As projeções de inflação para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente.
Do ponto de vista dos investimentos, uma taxa Selic mais alta pode engordar as carteiras de renda fixa que fica mais atrativa. Aliás, isso já vem acontecendo.
Um levantamento feito pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostra que no primeiro trimestre as operações no segmento de renda fixa foram responsáveis por R$ 89,1 bilhões, 84,7% do volume total de captações – o maior volume desde 2012.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic rende 100% da taxa básica de juros, o que deixa o ativo em evidência. Porém, é importante levar em conta na estratégia de investimento as projeções da Selic e os prazos dos papéis disponíveis.
Para quem pode traçar uma estratégia um pouco mais arriscada, prefixados podem ser um trunfo com a aproximação do fim do ciclo de alta de juros, garantindo uma oportunidade de ganho.
Títulos privados
Outro produto para quem quer garantir oportunidade com a alta da Selic são os Certificados de Depósitos Bancários. Há diversas opções de CDBs, mas os títulos pós-fixados e atrelados ao CDI, que segue a Selic, se destacam neste cenário.
As LCIs são títulos emitidos por bancos que emprestam esse recurso para empresas ligadas ao mercado imobiliário e também são boas opções agora. Assim como as LCAs, que são muito parecidas com as LCIs, com a diferença de que vieram para incentivar o agronegócio. Ambas são isentas de IR e contam com a garantia do FGC.
Poupança
Já na caderneta de poupança pouco muda. E nada rende. A modalidade de investimento mais popular do país seguirá com o retorno travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial), e continuará perdendo para a inflação.
Renda variável
Por mais que a atenção esteja voltada para a renda fixa, é possível encontrar oportunidades na renda variável. Para os investidores que aceitam maior risco, essa pode ser a chance de buscar pechinchas na bolsa de valores.
Por outro lado, ações de bancos podem ser beneficiadas pelo atual cenário de juros altos. Isso porque as instituições bancárias conseguem emprestar crédito a valores mais atraentes e com mais lucro.
Pensar nessas oportunidades é uma maneira de dar mais diversificação à carteira. Não colocar todos os ovos em uma mesma cesta é aquele bom e velho ditado que todo investidor carrega sempre, ou deveria.
Assim, encontrar os melhores investimentos a depender do cenário, não impede o investidor de variar seus produtos e prazos.
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