Vem por aí em 2021! Ouro Preto Investimentos terá fundos socioambientais (ESG)
O mercado de capitais é visto, por muita gente, como movido unicamente por dinheiro. Isso pode até valer na maioria dos casos, mas cada vez mais investidores buscam, ao escolher uma aplicação financeira, ir além de rentabilidade. Eles querem que seus recursos promovam impactos positivos na sociedade.
Para esses investidores há, basicamente, duas opções: comprar ações de empresas com boas práticas socioambientais e de governança corporativa, temas normalmente reunidos sob o guarda-chuva da “sustentabilidade empresarial”; ou adquirir cotas de fundos de investimento ESG, a sigla em inglês para as esferas ambiental, social e de governança.
Fundos com essas características começaram a surgir no mercado global a partir dos anos 2000 e têm em seu portfólio empresas que atuam com responsabilidade social corporativa. Esse critério, na visão de analistas de mercado, tende a diminuir os riscos no longo prazo, tornando esse um investimento mais seguro para os investidores.
Mercado em crescimento
É nesse mercado que a Ouro Preto Investimentos entrará em 2021. A gestora de recursos de terceiros prepara o lançamento de mais de um fundo de investimento ESG, sendo um deles com foco em eficiência energética. Há planos, ainda, de atuar no mercado editorial.
“O mercado de investimentos socioambientais está em franco crescimento e a Ouro Preto vai participar desse movimento oferecendo aos investidores fundos com empresas que atuam em temas de grande impacto na sociedade”, diz João Peixoto, sócio da Ouro Preto Investimentos.
De fato, os números demonstram esse aumento. Segundo pesquisa da Global Sustainable Investment Review, de dezembro de 2018, de um total de US$ 92 trilhões de ativos sob gestão profissional, em todo mundo, 33% já eram investimentos responsáveis. Entre 2012 e 2018, esses investimentos cresceram a uma taxa média de 15% ao ano.
Índices socioambientais
Na B3, a bolsa de valores brasileira, há dois índices que, desde sua criação, atraem o olhar dos investidores por aliar rentabilidade a sustentabilidade, estimulando empresas a melhorar sua governança corporativa e a gestão de seus impactos sociais e ambientais.
O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Índice Carbono Eficiente (ICO2) possuem enfoques e critérios de seleção distintos, mas ambos servem como referência, para quem busca empresas com boas práticas.
O ISE reúne empresas com boas práticas socioambientais e de governança corporativa. Já O ICO2 é composto por ações de companhias que aceitaram participar dessa iniciativa adotando práticas transparentes com relação à gestão de suas emissões de gases efeito estufa (GEE).