O que esperar do novo Ministro da Fazenda?
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito com 50,90% dos votos no segundo turno, e Geraldo Alckmin (PSB), vice, foram diplomados em cerimônia do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última segunda-feira (12).
A diplomação é um processo que confirma e autentifica o processo eleitoral, além de habilitar Lula e Alckmin para os respectivos cargos políticos. O novo presidente e o vice receberam os certificados das mãos de Alexandre de Moraes, presidente do TSE.
Entretanto, as ventilações de supostos nomes para ocupar os ministérios já eram temas que chamavam a atenção durante a eleição.
Na última sexta-feira (9), no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília, Lula anunciou que Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, ocupará a cadeira de Ministro da Fazenda.
Dessa forma, o que podemos esperar do novo Ministro da Fazenda?
Trajetória política
Em novembro, de acordo com a Folha de São Paulo, existiam dois possíveis candidatos que poderiam assumir a cadeira de Ministro da Fazenda. De acordo com o jornal, Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (União Brasil) eram os possíveis candidatos para o cargo.
Haddad já é um nome conhecido no meio político. No entanto, o petista teve mais ênfase entre 2013 a 2016, período que ocupou o cargo de prefeito de São Paulo. Além disso, o novo ministro foi candidato à presidência em 2018 e de governador para o estado de São Paulo, ainda em 2022.
No entanto, vale ressaltar que o ministério da Fazenda não será a primeira cadeira ocupada por Haddad no Governo Federal. Entre 2005 a 2012, o petista foi ministro da Educação.
Contudo, engana-se quem acredita que Haddad seja “apenas” político. Professor de Ciências Políticas na USP (Universidade de São Paulo), o novo Ministro da Fazenda tem bacharelado em direito, mestrado em economia e doutorado em Filosofia, todos pela Universidade de São Paulo.
E na economia?
Haddad contra com outras experiências no setor econômico. Em 1998, ocupou o cargo de analista de investimentos no Unibanco. Além disso, também foi um dos consultores da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e um dos responsáveis pela criação da tabela Fipe, utilizada como referência para negociação de carros.
Posteriormente, sua primeira vivência com economia na esfera pública foi em 2001, quando foi chefe de gabinete da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico, no início da gestão de Marta Suplicy como prefeita de São Paulo. Haddad permaneceu no cargo até 2003, quando tornou-se assessor do Ministério do Planejamento. Nesse período, o petista foi um dos responsáveis pela implementação das PPPs (parcerias público-privadas).
Desafios
A nomeação de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda gerou burburinhos no mercado, que esperava um nome liberal para o cargo.
Entre os principais desafios do novo ministro será lidar com a pressão do aumento do orçamento para lidar com custos de benefícios sociais, novas regras fiscais e uma reforma tributária.
A queda de força do PIB (Produto Interno Bruto) e a taxa Selic a 13,75% indica sinais preocupantes à economia brasileira. Dessa forma, a responsabilidade fiscal deve ser uma das prioridades de Haddad a curto prazo no ministério da Fazenda, já que o governo de Jair Bolsonaro (PL) estourou o teto de gastos em quase R$ 800 bilhões em quatro anos de mandato.
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