Consórcio, financiamento ou investimentos? Qual é a melhor forma para adquirir seu carro novo?
Com o poder de compra diminuindo na mesma proporção que a inflação sobe, o brasileiro tem feito cada vez mais contas para deixar o orçamento em dia. Quando o assunto é tomada de crédito ou compras de valores maiores, a atenção é redobrada.
Por isso, quem está à procura de um veículo tem pesquisado cada vez mais e, muitas vezes, se perguntado o que é mais vantajoso: financiamento, consórcio ou investimentos?
Com várias opções disponíveis, é preciso pesquisar. Mas, antes de tudo, avaliar a própria situação financeira e a urgência em relação ao bem. Se você precisa das chaves do carro imediatamente e não tem um valor razoável para negociar uma compra à vista, há pouca opção além do financiamento.
Porém, se você pode esperar um pouco mais, é preciso analisar as possibilidades. No fim, não existe uma resposta certa para todo mundo, mas planejamento é a palavra-chave.
Cenário
De acordo com levantamento da B3, no acumulado de 2022, até o mês de março, as vendas totais de veículos financiadas somaram 1,2 milhão de unidades. O número representa uma queda de 9,2% em relação a 2021.
O CDC e o consórcio são as duas principais modalidades de financiamento. A primeira corresponde a 84,3% do total e a segunda, 14,9%.
CDC
Apesar de existirem outras modalidades, quando se fala em financiamento, geralmente, é o Crédito Direto ao Consumidor ( CDC) que está sendo citado.
Neste caso, o comprador solicita um empréstimo – ou financiamento – para uma instituição. Após avaliação, se o crédito for aprovado, a instituição ‘compra’ o carro e você paga a ela em parcelas com juros.
Enquanto o financiamento durar e o comprador estiver pagando as parcelas, o carro fica como garantia de que o empréstimo será quitado.
Você sai com o carro da concessionária de imediato, dirige para cima e para baixo, mas só terá o veículo, de fato, ao fim do financiamento.
Consórcio
Por outro lado, há a opção do consórcio. Nesse caso, um grupo de pessoas contribui mensalmente com um valor, que compraria um determinado veículo por mês.
Com isso, cada membro do grupo pode ser contemplado mensalmente com uma carta de crédito com o valor para comprar o veículo.
Aqui, é possível se livrar dos juros do financiamento e da aprovação do crédito, mas é preciso atenção à taxa da administradora do consórcio e dos reajustes que seguem o preço do veículo, mantendo o poder de compra dos participantes.
Outro ponto é que, se você não tiver sorte e levar a carta de crédito em um sorteio, só poderá sair rodando com seu carro no final do consórcio.
Investimento
Aplicar mensalmente um determinado valor em um investimento pode ser uma outra opção para quem pode esperar um pouco mais para ter seu veículo.
Aqui, você faz as parcelas que daria em um consórcio ou no financiamento renderem. No fim, é possível adquirir o veículo à vista com poder de negociar um valor mais barato.
Pegamos, por exemplo, a simulação de financiamento de um HB20 sense, 0km, em um banco. O valor do veículo é de R$ 79.000,00. Uma das propostas ficou em 60 parcelas de R$ 1.681,00, com o valor final do financiamento chegando a cerca de R$ 100.860,00.
Se o mesmo valor de R$ 1.681,00 fosse usado para um aporte inicial e parcelas mensais no Tesouro Selic, um dos investimentos mais conservadores, na data do resgate, março de 2025, o investidor teria R$ 63.021,00, ou 79,7% do valor do veículo.
Gastos no radar
Além de verificar o que cabe no bolso, a flexibilidade de tempo para ter as chaves do carro em mãos, também é preciso levar em consideração que, um veículo também exige gastos como o seguro, impostos, combustível e manutenções preventivas