Fundos captam R$ 3,9 bi no início de março; como iniciantes podem avaliar essa opção de investimento?
Os fundos de investimento iniciaram o mês de março com bons resultados. Segundo relatório da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), entre os dias 1º e 5 de março, a diferença entre aportes e resgates foi positiva em R$ 3,4 bilhões (R$ 180 bilhões de aportes e R$ 176,1 bilhões de resgates), mostrando que a opção segue atrativa entre os investidores.
Analisando por uma janela de tempo maior, o resultado também é animador. Desde 1º de janeiro, a modalidade já acumula captação positiva de R$ 39,9 bilhões e patrimônio líquido de R$ 6,1 trilhões.
Apesar da popularidade dos fundos de investimento, ainda prevalece o desconhecimento sobre esse tipo de aplicação. “É muito raro encontrar um investidor que analise com profundidade todos os aspectos, mesmo entre os mais experientes. Além disso, é muito comum se apegarem apenas aos números e histórico, o lado quantitativo, deixando de lado os detalhes qualitativos, que são tão importantes quanto”, explica Bruno Komura, analista de renda variável da Ouro Preto Investimentos.
Quer entender um pouco sobre os aspectos qualitativos que devem ser considerados para fazer uma melhor avaliação de um fundo de investimento? Confira!
Histórico do fundo é importante, mas não é tudo!
Como apontado por Komura, os números dizem muito, mas não contam toda a história. “É claro que o objetivo é sempre bater a rentabilidade do índice de referência. Em um fundo de ações, por exemplo, seria o Ibovespa, mas nenhum fundo consegue isso 100% das vezes, então é importante avaliar a consistência dos resultados e, principalmente, como pensa o gestor”, explica Bruno.
O analista explica que os gestores de investimento escrevem cartas mensais ou trimestrais em que explicam a lógica dos ativos que fazem parte do fundo e a sua relação com o cenário econômico. “Se o investidor não sabe quem é o gestor do seu fundo, como ele pensa, se ele é o único tomador de decisão ou se conta com uma equipe, pode se desesperar com um momento de baixa e resgatar, perdendo dinheiro e deixando de aproveitar uma alta futura, que embora não seja garantida, era esperada na estratégia do gestor”, esclarece Komura.
Conhece a ti mesmo
Qual é a sua tolerância a risco? Outra análise importante é em relação ao próprio investidor. Saber o seu perfil é essencial antes de colocar dinheiro em qualquer ativo, sejam cotas de fundos, renda fixa, ações ou outros. (neste texto indicamos como descobrir seu perfil, entre outras ferramentas para investidores iniciantes).
Entre os fundos de investimento, há opções tanto para os mais conservadores quanto para arrojados. Moldar a carteira de investimentos de acordo com o seu perfil evitará surpresas desagradáveis. “Se você tem um perfil moderado e investe em um fundo de investimentos multimercado, por exemplo, significa que não está disposto a encarar muita volatilidade. Em um caso como esse você não espera, por exemplo, uma queda de 30% por uma questão conjuntural, como uma greve de caminhoneiros, que te fará perder grande parte do seu patrimônio de um dia para o outro”, exemplifica Bruno.
Mesmo entre os fundos de maior risco, ainda é importante saber ler os dados para entender o nível de exposição em que aquela cota te coloca. “Se o seu benchmark é o Ibovespa, que está com volatilidade de 40%, e o fundo em que você investe tem volatilidade esperada de 20%, então é claro que você vai esperar pelo menos a metade do sobe-e-desce do índice. Em um caso como esse, se ao olhar o histórico de rentabilidade e conhecer a estratégia e o perfil do gestor, o investidor verificar que há coerência e é um risco que ele está disposto a correr, então pode valer a pena investir”, finaliza Bruno.
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