Quais os impactos da venda do Credit Suisse ao UBS?
O UBS acertou a aquisição do Credit Suisse, banco da Suíça, no último domingo (18), por US$ 3,25 bilhões. Dessa forma, após a compra, as duas instituições financeiras somam aproximadamente US$ 1,7 trilhão em ativos, tornando-se um dos maiores bancos do território europeu.
A negociação foi intermediada pelo Swiss National Bank — banco central suíço — e pela Finma. Consequentemente, foi acordado que uma inclusão de liquidez de 100 bilhões de francos suíços.
Além disso, a organização financeira e a reguladora da Suíça forneceram uma garantia federal de inadimplência. Dessa forma, as maiores instituições financeiras do país apoiaram a negociação.
No entanto, é importante frisar que a venda da Credit Suisse não foi apenas uma oportunidade de mercado ou apoio financeiro nacional. A aquisição da UBS partiu em meio a um cenário de instabilidade no sistema bancário após o Signature Bank e SVB, dos Estados Unidos, registrarem falência.
Segundo o Bloomberg, canal de televisão dos EUA especializado em economia, o preço de compra da instituição foi inferior à metade do fechamento do último pregão. Na última sexta-feira (17), o Credit Suisse valia 7,4 bilhões suíços.
Quais os impactos?
A aquisição do Credit Suisse pelo UBS pode impactar o andamento de diversas organizações financeiras do mundo. Uma das consequências dessa negociação é impactar a taxa de juros do Banco Central Europeu nos próximos meses.
Em contrapartida, precisamos ficar atentos se pensarmos nas consequências que essa venda pode trazer para o Brasil. Um desequilíbrio nas taxas de juros podem causar desconfiança de investidores, principalmente em países emergentes. Dessa forma, um possível recuo na economia global pode impactar o rendimento das commodities.
No entanto, referente ao cenário de juros do cenário nacional, as crises do Signature Bank e SVB quanto a venda do Credit Suisse gera incertezas na economia. Como dito anteriormente, caso ocorra maior desconfiança do mercado externo para o Brasil, pode ocorrer uma desvalorização dos ativos. Em consequência disso, é possível que haja um impacto na inflação.
Por fim, é importante frisar que o sistema financeiro brasileiro é sólido, apresentando certa estabilidade. Além disso, vale enfatizar que a Selic serve como base de todos os juros, interferindo nos cálculos para financiamentos, poupanças, empréstimos e aplicações financeiras.
Ou seja, se a Selic subir, as taxas de juros sobem. O principal objetivo da taxa é de manter a estabilidade econômica e evitar rupturas nos preços.
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