Criptomoedas ainda valem a pena em 2022? Ativos ganham a adesão de cada vez mais brasileiros!
O mercado de criptomoedas movimentou mais de R$ 200,7 bilhões no Brasil ao longo do ano passado. O número chama a atenção principalmente quando se compara o volume negociado com o de investimentos acumulados em modelos tradicionais como o Tesouro Direto, que contabilizou R$ 79,0 bilhões no mesmo período.
Na base de comparação anual, o mercado de criptomoedas superou em mais que o dobro do apurado em 2020 (R$ 91,4 bilhões). Esses números expressivos devem impulsionar a quantidade de investidores de criptomoedas brasileiros neste ano.
Investidores brasileiros conhecem pouco a pouco o mercado
De acordo com o “Relatório Blockchain – Latam 2022”, encomendado pela Sherlock Communications, 13% da população brasileira já tem investimentos em criptomoedas. Além disso, outros 25% dos entrevistados esperam comprar criptomoedas nos próximos 12 meses.
A porcentagem se baseia nos 143 milhões de brasileiros em idade ativa. De acordo com o relatório, ao menos 36 milhões de brasileiros pretendem se tornar investidores de criptomoedas este ano.
Entretanto, as constantes flutuações desses “ativos digitais” em um curto período de tempo e outras influências que pesam sobre as moedas ainda alimentam desconfianças entre uma grande parcela da população.
O Bitcoin (BTC), por exemplo, valia US$ 59.989,20 no dia 11 de abril de 2021. Exatamente um ano depois, o ativo chega ao valor unitário de US$ 40.593,30. Ao longo do período, em 8 de novembro de 2021, a criptomoeda havia alcançado a cotação de US$ 67.582,60.
Vimos acima que a principal criptomoeda desse ecossistema sofre com uma forte volatilidade. Outros ativos que vivem a mercê de influências externas também são velhos conhecidos dos investidores, como o caso da Dogecoin (DOGE), que oscilou conforme o tom positivo ou negativo de declarações e ações do CEO da Tesla, Elon Musk – titular de unidades de DOGE -, acerca da moeda.
Mas e quanto a 2022? Que cenário os investidores podem esperar do segundo trimestre adiante para as criptomoedas? Aos iniciantes, vale a pena investir em ativos tão voláteis assim?
2022: para onde vão as criptomoedas?
Com 18.831 criptomoedas negociadas atualmente, a capitalização desse mercado ultrapassava a marca de US$ 1,8 trilhão (US$ 1,863,460,218,413), por volta das 13:45 de segunda-feira (11), de acordo com CoinMarketCap.
Dados da CoinGecko apuraram, no dia 22 de março, que o rali dos ativos alavancaram o mercado ao número acima de US$ 2 trilhões (US$ 2,021 trilhões), em meio a rumores de que a Rússia utilizaria as criptomoedas para conter o impacto das sanções econômicas internacionais durante a guerra travada pelo país contra a Ucrânia.
Alguns relatórios de bancos e plataformas de investimento internacionais projetam, com otimismo, cenários de estabilidade e crescimento para os ativos digitais. Trouxemos três exemplos neste texto.
Em janeiro, o Goldman Sachs disse em um relatório que o Bitcoin (BTC) pode mais do que dobrar, para um pouco mais de US$ 100.000 por moeda, ao longo dos próximos cinco anos.
Já o Shiba Inu (SHIB) também tem despontado positivamente entre as projeções de analistas do mercado. O indicador Global In/Out Of The Money (GIOM), desenvolvido pela IntoTheBlock, indica que o próximo nível de suporte estável para o SHIB está entre US$ 0,0000150 e US$ 0,0000220, com um intervalo de US$ 0,0000150 a US$ 0,0000220.
Solana (SOL), um dos cinco maiores criptoativos do mundo, também reúne as condições para se manter nessa posição e pode crescer ainda mais.
Apesar de ter o SOL como criptomoeda nativa, o ecossistema permite a criação de outras moedas e tokens — como os NFTs —, além dos chamados “aplicativos descentralizados” (DeApps), como jogos play-to-earn. A validação de suas operações na blockchain ocorre de maneira muito mais rápida do que no Bitcoin.
Que cuidados tomar ao investir em criptomoedas?
Antes mesmo de aplicar seus recursos nesses ativos digitais, pondere alguns fatores: o seu perfil de investidor – se conservador, moderado ou agressivo – e seus objetivos com o investimento – se de curto, médio ou longo prazo.
Reconhecer esses pontos permite que você avalie a sua tolerância ao risco, a quantia que você dispõe para investir nessas moedas e outros fatores que permitirão que a sua relação com esse universo seja mais saudável e segura.
Procure por criptomoedas mais promissoras e já consolidadas no mercado e leia a fundo seus projetos e fundamentos. Na sequência, procure uma corretora especializada e com boa reputação para associar seus investimentos.
E lembre-se da regra fundamental: diversificação. Não aloque todos os seus recursos em um único ativo e fuja das promessas que prometem rentabilidades fáceis, rápidas e exorbitantes.