O que são fundos quantitativos?
“Isso deve ser o algoritmo”. Essa frase é comum entre os usuários de redes sociais. Os algoritmos estão presentes no nosso dia a dia mais do que imaginamos. Conhecidos principalmente pelo uso no mercado publicitário – fazendo com que as pessoas vejam anúncios dirigidos ao seu perfil –, os algoritmos são ferramentas tecnológicas baseadas em sequências de raciocínios e operações programadas com um certo objetivo.
No mercado de investimentos, os algoritmos são usados de diferentes maneiras, entre elas a gestão de fundos quantitativos. Esses fundos se baseiam em inteligência artificial, criando robôs que utilizam dados históricos e modelos matemáticos para estimar preços de ativos no futuro.
Os quants, como são chamados, são classificados como fundos multimercados e podem ser uma boa oportunidade para o investidor diversificar seus investimentos, podendo combinar diferentes tipos de ativos, como ações e indexados a câmbio, juros e outros.
Frio, calculista e acelerado
A partir de uma estratégia pré-definida, com um modelo matemático como base, algoritmos processam grande volume de dados de mercado, como comportamento passado de ativos, para definir a melhor alocação de recursos. E como essa estratégia é executada por robôs, evita-se uma frequente falha de pessoas: a de deixar o fator emocional influenciar uma decisão.
Outra característica dos fundos quantitativos é sua capacidade de identificar rapidamente tendências nos preços dos ativos, o que maximiza o potencial de lucros. De um lado, os robôs têm capacidade de processar dados muito superior à das pessoas; de outro, podem realizar milhares de operações por segundo — em mercados de alta frequência, como os de mini-índice e mini dólar, por exemplo, isso faz toda a diferença.
Há, ainda, fundos quants que seguem uma estratégia de proteção (hedge), que visa diminuir o risco de uma carteira de investimentos. Para isso, combinam ativos descorrelacionados, isto é, que não têm a tendência de se valorizar ou desvalorizar em conjunto.