Qual é a expectativa para o setor de serviços em 2021?
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de serviços prestados no Brasil voltou a crescer em 2021. Segundo dados divulgados nessa terça-feira (09), o setor teve alta de 0,6% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2020.
O resultado é condizente com o desempenho positivo do segmento nos últimos meses, que, apesar de ter sofrido uma leve retração em dezembro, apresenta sucessivos avanços desde o terceiro trimestre do ano passado. Porém, ainda está longe de se recuperar dos prejuízos trazidos pela Covid-19, que fizeram o setor cair 7,8% no acumulado do ano passado em comparação com 2019.
O que esperar dos serviços em 2021?
As perspectivas para os serviços no restante do ano, porém, ainda são incertas. A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) reduziu de 3,7% para 3,5% a expectativa de crescimento do volume de receitas do setor para 2021.
Para o analista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, a recuperação dos serviços – e da economia em geral – estará diretamente ligada à vacinação.
“Para chegar em níveis pré-crise ainda demorará um pouco. O setor de serviços está bastante defasado e a recuperação até o momento foi puxada pela indústria. Para voltarmos a falar de crescimento será indispensável a imunização de uma parcela relevante das pessoas”, explica.
Em relatório publicado no dia 11 de fevereiro, o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, Rodrigo Lobo, corrobora com a visão do analista da Ouro Preto Investimentos.
“Para além de qualquer medida que o governo ou as empresas possam adotar para avançar o setor, nada vai ser mais importante que uma vacinação em massa da população. É impossível dissociar uma recuperação dos serviços da questão sanitária no país”, disse.
Como o setor de serviços afeta o mercado financeiro?
Por englobar diferentes atividades econômicas – de transporte a restaurantes e correios –, o setor de serviços é o mais importante para o PIB, sendo responsável por 75% do cálculo. Ou seja: sem recuperação do setor de serviços, o país não cresce.
Segundo o último Relatório de Mercado Focus, divulgado no dia 8 de março, a expectativa para o PIB deste ano passou de alta de 3,29% para 3,26%. Apesar de não ser um grande crescimento, mostra alguma recuperação em relação a 2020, quando apresentou queda de 4,1%, maior contração da economia desde 1996, início da atual série histórica do instituto.
Em um cenário desse tipo, de recuperação lenta do PIB e inflação subindo, fica difícil para o Banco Central manter a taxa de juros na sua mínima histórica de 2% ao ano. Por isso, Komura avalia que a renda fixa pode voltar a ganhar protagonismo. “Em um cenário desse tipo, a renda variável perde atratividade e dá lugar para a renda fixa, como os títulos pós-fixados e os atrelados à inflação”, avalia.
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Em relação à renda variável, Komura fez uma análise sobre os rumos da bolsa para este ano. “A economia não voltou ainda, mas a recuperação da bolsa é uma luz no final do túnel. Porém, ela só deve decolar quando a crise sanitária der indícios de que está ficando para trás, o que dependerá da vacina. Acredito que neste ano a bolsa deve alcançar 130 mil pontos. O mercado arrisca que bateremos 150 mil, mas sou cético”.
Neste texto, o analista também cita outros investimentos que podem se tornar atrativos em 2021.
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