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O que os juros altos ensinam sobre gestão de…
Ciclos de juros carregam muito mais do que impactos sobre a renda fixa. Os momentos de aperto monetário revelam com precisão o quanto a gestão de risco é negligenciada quando o capital está barato. Neste artigo, você vai entender o que os juros altos ensinam sobre gestão de risco e como aplicar esse aprendizado na construção de portfólios mais sólidos.
Ao longo dos últimos anos, vimos investidores migrarem rapidamente entre ativos conforme o ambiente econômico se transformava. No entanto, quem compreendeu desde cedo o papel dos juros como régua de risco tomou decisões mais conscientes e resilientes.
O que os juros altos ensinam sobre reprecificação do risco
Quando a taxa básica sobe, o mercado reposiciona seus preços. Isso não impacta apenas a renda fixa, mas também altera o valor relativo de ativos de risco, como ações, debêntures e cotas subordinadas de FIDCs.
Com o custo de capital mais elevado, investidores passam a exigir retornos mais altos para correr riscos semelhantes. Consequentemente, ativos com fundamentos frágeis ou baixa proteção se tornam menos atrativos. Além disso, empresas alavancadas tendem a perder valor de forma mais acentuada, forçando reprecificações generalizadas.
Essa dinâmica mostra com clareza o que os juros altos ensinam sobre gestão de risco: o risco nunca desaparece. Ele apenas muda de valor conforme o ciclo econômico.
Risco de crédito: o primeiro a aparecer
Juros altos comprimem o caixa de empresas e consumidores. Por isso, a inadimplência tende a aumentar justamente onde há menor resiliência financeira. Isso coloca à prova todos os filtros de crédito utilizados em fundos estruturados.
Ao investir em um FIDC, por exemplo, é essencial ir além da rentabilidade projetada. Deve-se avaliar quem são os cedentes, a granularidade da carteira, as garantias envolvidas e, principalmente, o nível de subordinação entre cotas.
Fundos que foram estruturados com responsabilidade e proteção conseguem atravessar esses períodos com perdas controladas. Já estruturas frágeis expõem o investidor a riscos que poderiam ser evitados com uma análise adequada.
Liquidez como risco de primeira ordem
Durante o ciclo de juros baixos, muitos investidores negligenciam a importância da liquidez. Porém, em um ambiente de aperto monetário, ela se torna um ativo fundamental.
Fundos com prazos longos de resgate, ativos com mercado secundário frágil ou estruturas que dependem de renovação constante de captação tendem a se tornar menos atraentes. Isso acontece porque o risco de não conseguir sair da posição no momento necessário é real.
Dessa forma, aprendemos que gestão de risco, em ciclos de juros altos, também inclui o monitoramento ativo da liquidez e da capacidade de acessar o capital rapidamente em momentos de estresse.
Diversificação como estratégia obrigatória
Em contextos de juros elevados, setores inteiros precisam reagir. Como consequência, a diversificação deixa de ser apenas uma recomendação e se torna uma necessidade.
Fundos imobiliários, empresas de varejo, startups e fintechs são alguns dos exemplos de segmentos que sofrem mais quando o custo do dinheiro sobe. Por isso, distribuir a exposição entre diferentes setores, prazos e emissores é uma forma inteligente de diluir riscos.
Além disso, a diversificação permite capturar oportunidades assimétricas com mais segurança, protegendo o portfólio em momentos de maior volatilidade.
Gestão ativa e o tempo como fator de risco
O mercado se torna mais exigente quando o juro sobe. Emissões ruins não são aceitas, e produtos mal estruturados ficam encalhados. Portanto, o investidor que conta com uma gestão ativa passa a ter vantagem competitiva.
Ao monitorar os dados macroeconômicos, revisar ativos frequentemente e ajustar a carteira de forma dinâmica, o gestor consegue reduzir perdas e aproveitar janelas de oportunidade. É nesse momento que o conhecimento sobre ciclos e risco faz toda a diferença.
Além disso, a gestão ativa contribui para manter o portfólio sempre compatível com o perfil e os objetivos do investidor.
Juros altos ensinam sobre risco
Saber o que os juros altos ensinam sobre gestão de risco é um divisor de águas entre o investidor maduro e o especulador impulsivo. Quem entende essa lógica consegue montar portfólios mais consistentes, com maior proteção, melhores fundamentos e retorno ajustado ao cenário.
Na Ouro Preto Investimentos, estruturamos nossos fundos com base na robustez, na governança e na disciplina. Não acreditamos em retorno a qualquer custo. Acreditamos em retorno proporcional ao risco, com clareza, estrutura e responsabilidade.
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