Como funcionam os fundos de investimento no exterior?
Quando falamos em diversificar os investimentos, essa estratégia não passa apenas pelos ativos, mas também pela geografia das aplicações. Desta forma, os fundos de investimento no exterior têm despontado como uma opção cada vez mais procurada por investidores.
Em maio deste ano, após o pico da crise do coronavírus, por exemplo, os fundos que alocam em ativos internacionais foram os que mais captaram dentro dos multimercado: R$ 3,4 bilhões, segundo relatório da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Esses produtos financeiros podem destinar parte ou, em alguns casos, até 100% do seu patrimônio para ativos no exterior. Assim, não apenas se expõem a cenários diferentes, aproveitando oportunidades nos mercados internacionais, mas se blindam de turbulências domésticas.
Vantagens e desvantagens dos fundos de investimento no exterior
Investir no exterior via fundos significa não ter de se preocupar com envio de dinheiro para outros países, reduzindo significativamente a burocracia do processo. Além disso, há produtos cujos valores de capital mínimo são acessíveis ao investidor do varejo.
Além da exposição a economias mais resilientes do que a brasileira, há também setores mais desenvolvidos no exterior, que prometem bons retornos ao investidor. É o caso das companhias de tecnologia, por exemplo, concentradas nos Estados Unidos e ainda incipientes a nível local.
No entanto, alguns cuidados sempre devem ser tomados na hora de decidir pela terceirização do seu dinheiro. O gestor de um fundo de investimento no exterior precisa de conhecimentos específicos do mercado internacional para garantir bons resultados: verifique o histórico dele pensando nisso.
Por fim, investir no exterior também adiciona a preocupação com o câmbio. Um hedge cambial no fundo, por um lado, pode proteger das oscilações do real perante o dólar. Por outro, alguma exposição pode fazer sentido, para aproveitar assimetrias vantajosas.