Veja as criptomoedas que mais se valorizaram (e mais se desvalorizaram) em 2021
Em 2021, as criptomoedas cresceram e consolidaram o seu espaço entre investidores do mundo inteiro. Segundo o rastreador CoinGecko, o valor geral de mercado das moedas digitais mais do que triplicou neste ano. De US$ 700 bilhões, passou para cerca de US$ 2,3 trilhões. Nos últimos 12 meses também foi possível presenciar a primeira “oficialização” de uma cripto: El Salvador se tornou o primeiro do mundo a legalizar o bitcoin, torná-lo moeda corrente e utilizar o ativo em suas reservas financeiras.
No Brasil, o crescimento também foi assombroso. Uma pesquisa realizada pela gestora de Hashdex, a partir de dados da B3 e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), mostrou que essa modalidade de investimentos cresceu 938% em 2021. Em 2020, cerca de 30 mil investidores colocaram o seu dinheiro em fundos e ETFs (fundos de índice). Até dezembro deste ano, esse número saltou para 325 mil.
Muito além do bitcoin
Apesar de ainda serem as mais conhecidas — e comercializadas —, as criptomoedas veteranas Bitcoin e Ethereum tiveram que compartilhar atenção com outras “superestrelas” que surgiram ao longo do ano. Uma moeda que ganhou atenção foi a Dogecoin, que disparou após o bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, declarar que o ativo seria uma alternativa mais em conta do que o Bitcoin. Recentemente, o empresário disse que vai testar o pagamento de produtos da sua companhia por meio do ativo. Por essas e outras, só em 2021, a moeda já se valorizou mais de 3.200%!
Ou seja: se você investiu R$ 1.000 em Dogecoin no início do ano, agora tem R$ 33 mil na sua conta. E esse não é, nem de longe, o maior patamar de valorização que uma cripto alcançou no ano. Outras, porém, caíram, chegando em alguns casos a perder quase metade do seu valor original.
Veja quanto você poderia ter ganhado (ou perdido) em 2021 aplicando em criptomoedas.
Quem mais se valorizou:
Gala
Essa criptomoeda (GALA) acumula uma valorização de 42.977,29% desde o início de janeiro, ao preço de R$ 2,52. Ela pertence a Gala Games, uma produtora de games no estilo play-to-earn (P2E) e focados em metaverso.
AXS
O ativo AXS acumula uma valorização de 15.498,72% de janeiro a dezembro, ao preço de R$ 527,20. Sua movimentação ocorre dentro do jogo Axie Infinity, com o objetivo de recompensar os jogadores, e faz muito sucesso entre os mais jovens.
The Sandbox
Assim como a criptomoeda AXS, o Sandbox (SAND) realiza suas movimentações dentro de um jogo. O ativo se valorizou em 12.755,66%, ao preço de R$ 27,14.
Antes criado para concorrer com o Minecraft, o Sandbox foi reformulado para aderir ao mundo das criptomoedas e de NFTs (tokens não fungíveis) e se tornou um jogo colaborativo em que usuários podem construir casas, vender itens e ter uma vida online.
Polygon
O Polygon (MATIC), solução de segunda camada da rede da Ethereum (ETH), se valorizou em 10.927,10% neste ano, cotado a R$ 11,15.
Esse ativo foi projetado para ser uma plataforma inteira projetada para lançar Blockchains interoperáveis e busca solucionar problemas como o aumento crescente contínuo das necessidades de armazenamento da Ethereum.
Terra
A criptomoeda Terra (LUNA) se valorizou em 9.401,51% neste ano, cotada a R$ 349,27. Esse ativo blockchain está focado em realizar pagamentos do dia a dia e busca solucionar a alta volatilidade do mercado de criptos.
Quem perdeu valor:
NEM
Na liderança entre as criptomoedas que mais se desvalorizaram ao longo do ano, a NEM (XEM), que foca em transações ponto a ponto, que são chamadas de peer-to-peer (P2P), viu seu preço cair 44,41%, cotado a R$ 0,7028.
Counos X
Em segundo lugar, a Counos X (CCXX), criptomoeda lançada em 2019, se desvalorizou em 37,72%, e estava cotada a R$ 313,50.
Everscale
A Everscale (EVER), baseada em uma plataforma chamada Ever OS – capaz de processar milhões de transações por segundo e com contratos inteligentes – se desvalorizou em 28,46% e estava cotada a R$ 1,54.
Bitcoin SV
O Bitcoin SV (BSV) perdeu seu valor original em 26,43% e esteve cotado a R$ 1,54. Sua criação se deu a partir de uma divisão do Bitcoin Cash e busca retomar o protocolo original do Bitcoin, como foi concebido por Satoshi Nakamoto.
Zilliqa
Por último, a Zilliqa (ZIL), com foco em solução de problemas de escalabilidade que afetam moedas mais antigas, sofreu uma desvalorização de 26,05% e estava cotada a R$ 0,3338.
Esse ativo oferece o sistema chamado sharding, que divide a Zilliqa em grupos de nós chamados de ‘shards’. Cada fragmento contém 600 nós. Os fragmentos operam como redes de mini-blockchain.
*Levantamento feito com base em dados da plataforma CoinMarketCap, pelo filtro YTD (Year-To-Date), coletados por volta das 11:45, do dia 17 de dezembro de 2021.