Quem sonha junto, investe junto: veja dicas para controle das finanças de uma vida a dois
Muitos casais têm dificuldade de lidar com questões financeiras. Controlar o orçamento de uma vida a dois pode ser mais difícil que aparenta e muitos relacionamentos chegam ao fim porque ambos não souberam como resolver problemas com dinheiro. Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil, em parceria com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que 48% dos casais brigam por causa de finanças. 51% dos entrevistados culpam o (a) parceiro (a) pelo desequilíbrio financeiro das contas.
Para fugir dessas estatísticas, siga essas dicas que, além de melhorar a sua relação, também podem fazer muito bem para o seu próprio bolso.
Reconheça a sua individualidade
Como qualquer pessoa, você tem seus planos individuais, sonhos que tinham antes ou que se desenvolveram durante o relacionamento e não necessariamente precisam estar atrelados ao seu parceiro (a). E nem por isso devem também ser deixados de lado. Apresentem um ao outro os seus objetivos pessoais e analisem juntos a viabilidade deles. Se parte do orçamento a dois for comprometida, a outra parte deve ser avisada pelo bem da relação.
Conta e investimento conjuntos? Carteiras separadas? Façam o planejamento financeiro compartilhado!
Uma segunda etapa envolve o desenvolvimento de um planejamento financeiro.
Com a identificação de todas as metas, pessoais e em casal, com o registro de todas as entradas e saídas de dinheiro fixas, para não comprometer parcelas do orçamento que são destinadas ao pagamento de despesas e mesmo os gastos imprevisíveis.
Como ressaltamos acima, aqui cabe a mesma regra: compartilhar um planejamento financeiro a dois não quer necessariamente dizer que neste documento terão registro apenas o que for feito a dois. Pode haver nele uma distinção entre contas individuais e contas conjuntas, carteiras de investimento em comum ou separadas.
Contanto que haja transparência para a saúde das suas finanças e da sua relação, o que for melhor para incrementar o planejamento financeiro de forma mais detalhada deve ser registrado.
Assim, os casais podem avaliar juntos até mesmo os gastos a serem cortados, quais quantias separar para investir em objetivos de curto, médio e longo prazo.
A capacidade de gerenciar o orçamento pode inclusive ser aprimorada com ajuda de aplicativos e softwares gratuitos ou em planilhas de Excel. Se bem organizado e constantemente atualizado, o planejamento financeiro do casal não deixa brechas para conflitos e prejuízos.
E uma parcela significativa do seu dinheiro deve ser aplicado em momentos de lazer. Com quem mais você poderia dividir opções assim se não com o(a) seu(sua) parceiro(a)? Corte e contenção de despesas são importantes, mas a nova quantia restante deve ser investida em ocasiões como viagens, festas, idas ao cinema, shows e teatros e por que não também em jantares a dois?
Forme uma reserva de emergência
Emergências, como a própria sugere, são imprevisíveis. Mesmo que toda a disciplina financeira seja aplicada e seguida pelo casal, o inevitável pode acontecer e gastos maiores podem ser exigidos.
A reserva de emergência pode ser a solução em ocasiões assim. Embora seja difícil, o ideal seria que esse fundo cobrisse de três a seis meses as despesas de quem possui salário fixo em um emprego estável ou doze meses de profissionais autônomos ou detentores de rendimentos variáveis.
Para quem tem uma situação estável no emprego e possui salário fixo, a reserva de emergência pode ser um valor que cubra de três a seis meses das suas despesas mensais. Quem é autônomo, ou possui os rendimentos variáveis, é aconselhável um valor que cubra as despesas de 12 meses;
Invista!
Agora que o seu “colchão” foi formado, com um planejamento financeiro bem estruturado, investir o dinheiro pode ser decisivo para alcançar e encurtar prazos para atingir metas e objetivos ainda maiores.
Títulos públicos como o Tesouro Direto são uma excelente porta de entrada para o universo dos investimentos. Títulos públicos de renda fixa como CDBs, LCAs e LCIs, amparados pela proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), podem ser ainda muito atrativos para o casal. LCAs e LCIs, no caso, ainda são isentos de Imposto de Renda (IR).
Ficou perdido entre tantas siglas? Veja neste texto detalhes sobre CDBs, LCAs, LCIs e outras formas de investimento.
Fundos de investimento em renda fixa, multimercados, ações, imobiliários e tantos outros também são boas opções e você seria assessorado por gestoras profissionais. Mas, sobretudo, um casal que planeja uma série de objetivos a dois, precisa se assegurar também com o investimento em previdência privada. Há dois modelos: PGBL e VGBL.
Conheça mais os benefícios da previdência privada neste texto.
O casal que seguir essas dicas pode fazer uma boa gestão conjunta do orçamento familiar
e proporcionar para si mesmos a conquista de seus objetivos – pequenos, grandes ou médios. Acolha essas dicas hoje mesmo para ver o impacto que elas trarão no seu orçamento com o(a) seu(sua) parceiro(a).