Institucional
Quais são as tendências para o mercado editorial em 2021?
O mercado editorial em 2020 foi bastante movimentado. Aumento do comércio online por conta da pandemia, grandes grupos em dificuldades, reaparecimento de lojas físicas independentes e novas formas de financiamento para editoras e escritores foram algumas das tendências que já vinham ganhando força nos últimos anos, mas que transformaram o setor definitivamente após o surgimento do novo coronavírus.
Segundo levantamento do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), em parceria com a empresa de pesquisa de mercado Nielsen, em março do ano passado – o pico da quarentena -, lojas físicas chegaram a apresentar 47% de perdas em vendas em relação a 2019. Os livros digitais, por outro lado, fizeram o caminho contrário: tiveram crescimento de 25% também em relação ao ano anterior.
Até na venda de livros físicos a internet ganhou musculatura: se, em 2019, as lojas online representaram 17% do faturamento do setor, esse número subiu para mais de 50% no ano passado.
E para 2021? A expectativa, afirma o sindicato, é de intensificar as tendências que surgiram ou se fortaleceram no ano passado. Confira:
E-commerce forte e novas soluções
Para 2021, especialistas acreditam que o setor continuará apresentando crescimento, mas que deve adotar uma nova dinâmica: as megastores, como Saraiva e Cultura tendem a perder terreno devido aos altos custos associados a manter espaços enormes em shopping centers.
No lugar delas, plataformas de e-commerce ganharão mais protagonismo, impulsionadas por eventos no formato virtual em 2021, como a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) e a própria Bienal.
Outra alternativa às grandes lojas serão as livrarias menores, independentes, ou voltadas para públicos segmentados, que procuram produtos específicos e atendimento especializado. Durante a pandemia, segundo a empresa de inteligência de mercado editorial Book Info, enquanto a Saraiva foi obrigada a fechar 36 das suas lojas no Brasil, 56 livrarias menores surgiram. O movimento é parecido com o de diminuição de hipermercados e aparecimento de mercados pequenos nos bairros.
A chegada de lojas online de livros digitais da Amazon e da Apple e o fortalecimento do formato de audiobooks também devem movimentar o mercado.
Para editoras e escritores também devem surgir mais oportunidades para captação de recursos, especialmente com a chegada de investidores aportando capital em fundos de investimentos voltados para o setor e plataformas de crowdfunding.
Uma das novidades da Ouro Preto Investimentos para 2021 será um fundo de investimento focado no mercado editorial. O objetivo é gerar rentabilidade para os investidores e, ao mesmo tempo, apoiar a cultura.
Você pode, desde já, manifestar seu interesse em participar desse novo fundo da Ouro Preto Investimentos. É só entrar em contato conosco!
