Investimentos irregulares: como identificar e se proteger?
Apenas nos primeiros cinco meses de 2020, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu 163 processos para investigar possíveis investimentos irregulares. A partir desses levantamentos, a autoridade pode dar “stop orders”, isto é, a suspensão de atuação de pessoas e empresas envolvidas nas ofertas.
Mas, afinal, o que são investimentos irregulares? Basicamente, todos aqueles nos quais os intermediadores não estão devidamente registrados nos órgãos reguladores competentes. A CVM tem uma cartilha sobre isso que pode ser conferida aqui.
A internet, com maior número de canais e informações, é um ambiente propício para a disseminação dessas ofertas fraudulentas. Algumas das mais comuns são as pirâmides financeiras, em que os lucros são pagos com aportes de novos participantes, que dão um “investimento inicial” para aderir ao esquema.
Os chamados esquemas “Ponzi” parecem mais um investimento tradicional, por isso enganam mais pessoas. Os investidores não precisam atrair mais pessoas para garantir rendimentos, que são pagos pelo intermediador com novos recursos, de novos aplicadores.
Também vale ficar atento a investimentos irregulares no mercado de moedas Forex. Isso porque, apesar de ser popular no exterior, não há instituição brasileira autorizada para atuar nesse ambiente. Como não há intermediários nem conhecimento disseminado sobre o mercado, não há garantias para o investidor.
Como se proteger de investimentos irregulares?
Para não cair em roubadas, o primeiro passo é dedicar tempo para estudar e entender todos os investimentos antes de aplicar de fato. Procurar informações de fontes confiáveis ajuda a identificar quando as promessas de altos retorno não são factíveis. Para saber se o intermediário realmente pode oferecer essas oportunidades de investimento, consulte o site da CVM.
Caso você queira denunciar investimentos irregulares, o site da Comissão de Valores Mobiliários também é o canal: só acessar o serviço de atendimento ao cidadão. A partir disso, o órgão pode investigar a reclamação.