Growth stocks: o que são e como encontrar essas ações?
Ao se aventurar no mercado de ações, investidores precisam estar munidos de estratégias que possam rentabilizar bem suas carteiras e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos de grandes perdas com a volatilidade do mercado. Afinal, cada empresa possui características diferentes, desde os setores em que estão inseridas até dinâmicas das soluções oferecidas aos clientes.
Por isso, nos últimos anos, algumas empresas em especial têm chamado a atenção de investidores: as growth stocks, que, na tradução para o português, significa ações de crescimento.
Neste texto, vamos entender o que são e o que representam, como encontrá-las e os cuidados necessários ao investir em seus papéis.
O que significa uma empresa ser growth stock?
A princípio, o termo pode parecer um pouco confuso porque, afinal, qual empresa não gostaria de crescer? E, embora growth stocks se refiram às empresas com potencial de crescimento, isso só não se explica.
O potencial de crescimento de uma empresa growth se mede pela geração de lucro com a alta nos preços das ações. Algumas delas conseguem ainda provar a sua capacidade de maneiras ainda mais expressivas, com avanços graduais em termos de receita em curto período de tempo.
Na maioria das vezes, alguns exemplos de companhias assim se concentram no segmento tecnológico.
Amazon, Alphabet, Apple, Microsoft e Facebook (Meta) são empresas que registraram grande crescimento nos últimos anos. Entretanto, setores de grande expressão como bancos digitais, aluguel de veículos e mercado animal também podem ter empresas do nível growth stocks.
No Brasil, alguns exemplos mais populares são o Banco Inter (BIDI11) e Petz (PETZ3). No setor tecnológico, podemos destacar a Locaweb (LWSA3).
As vias de seus crescimentos estão pautadas com o ganho de participação no mercado, as expectativas de maior demanda gradual que seus respectivos setores podem ter e o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) que mede o nível de atividade econômica do país.
Como encontrar essas ações?
Mesmo que as empresas citadas acima já tenham uma reputação no mercado, a exemplo até mesmo das gigantes internacionais, você não deve assumir que elas já estão consolidadas.
O primeiro lucro anual do Nubank, por exemplo, ocorreu em 2021: US$ 6,6 milhões. No ano anterior, a fintech havia registrado um prejuízo líquido ajustado de US$ 26,8 milhões. A Amazon também se destaca como outro exemplo. Fundada em 1995, a empresa operou no vermelho por seis anos. No fim de 2001, a companhia de Jeff Bezos registrou seu primeiro lucro líquido de US$ 5 milhões.
Os investidores de growth stocks, em geral, assumem o risco de pagar mais caro pelo lucro do presente da empresa, com a expectativa de que esses números cresçam consistentemente ao longo do tempo.
Por esse motivo, se tornou comum que os papéis dessas empresas sejam negociados a altos múltiplos: 30x, 50x ou até mais de 100x o lucro atual ou o valor patrimonial (VPA).
Lucro e valor patrimonial menores tendem a abrir margem para receitas bruta e líquida um pouco mais expressivas, enquanto a empresa busca por métodos diversos para financiar sua própria alavancagem.
Cuidados necessários
Ao longo do texto, nós vimos que essas companhias apresentam certos riscos, além das vias de crescimento que as mesmas devem traçar. Antes de investir, veja se as características da empresa se adequam ao seu perfil de investidor – conservador, moderado ou agressivo – e se o investimento está de acordo com os seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Em geral, growth stocks também não distribuem proventos, como dividendos e juros sobre o capital próprio. E quanto ao valuation, esteja atento a metodologias e cálculos que permitam aferir quanto a empresa alcançou de capitalização.
Mas existem opções que podem ser mais seguras caso você se sinta receoso ao investir diretamente nessas empresas. Fundos de growth stocks, administrados por gestores competentes, podem se responsabilizar por todas as etapas do seu investimento e guiar você entre os custos e riscos que a aplicação pode trazer.