Quer começar sua trajetória na Bolsa? Os ETFs podem ser um bom ponto de partida
Quando falamos sobre investimentos, geralmente lidamos com pessoas que estão em diferentes estágios em sua jornada como investidores. Há aqueles mais conservadores, que sequer deixaram a comodidade da poupança, e outros mais agressivos, que movimentam até mesmo milhões por meio dos mais variados ativos.
No meio desses dois perfis, há ainda os investidores moderados. São aqueles que ainda são mais cautelosos, mas cada vez menos tolerantes ao risco e que expõem suas carteiras com o objetivo de obter maiores possibilidades de rentabilidade.
Para esses, que talvez planejam adicionar à carteira ativos da renda variável, os ETFs (Exchange Traded Funds) podem ser uma excelente porta de entrada na B3, a bolsa brasileira. Confira como eles funcionam!
O que são ETFs
Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de investimentos ligados a algum índice de referência. Ou seja, eles têm suas cotas negociadas na Bolsa, tal como as ações, e seguem as movimentações de um índice específico.
Quando falamos de índice, nos referimos a um conjunto de ativos que “representam” uma modalidade de investimentos, servindo como base para medição do seu desempenho. Por exemplo, você já deve ter ouvido falar nos noticiários sobre o Ibovespa (IBOV), índice formado por cerca de 80 empresas que negociam o maior volume de papéis diariamente na B3, a bolsa de valores brasileira, e que serve como “termômetro” do mercado de capitais brasileiro.
Os ETFs são ativos capazes de “replicar” o desempenho de índices, como o Ibovespa. Então, se você aplica o seu dinheiro em um ETF que “espelha” esse índice, como BOVA11, BOVV11, BOVB11 ou BOVX11, a sua rentabilidade vai seguir a variação do Ibovespa. Ou seja: se o Ibovespa sobe, os fundos ganham. Por outro lado, se o índice cai, os investidores também perdem.
Mas não existem ETFs só relativos ao Ibovespa. No site da B3 é possível consultar a lista completa dos 49 ETFs listados disponíveis que replicam diversos índices — do Brasil e do exterior — como Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11), o primeiro ETF de criptomoedas; e o iShares S&P 500 (IVVB11), que segue as oscilações do índice norte-americano S&P 500, composto pelas 500 maiores empresas das bolsas de valores dos EUA.
E há também os ETFs que replicam índices de renda fixa, como o FIXA11, que segue o desempenho de uma carteira composta por aplicações de renda fixa prefixadas do índice S&P/B3 Índice de Futuros de Taxas de Juros.
Além de vantagens como a diversificação, os ETFs também podem ser avaliados como investimento de baixo custo para diversificar, já que são fundos compostos por ativos variados. Assim, você pode pagar menos taxas do que se fosse investir em cada ação que integra o fundo separadamente. Ao escolher o ETF de sua preferência, você passa a investir em um grupo de ativos de uma vez só, o que aponta a praticidade desse tipo de investimento.
Fique atento aos custos e taxas
Os investimentos em ETFs podem ser considerados acessíveis e com um valor de aporte mínimo baixo. O interessado pode comprar cotas do lote-padrão de apenas uma unidade de qualquer ETF listado em Bolsa, por meio de uma corretora credenciada.
E, assim como os fundos de investimentos habituais, as gestões que compõem a cesta de ativos em um ETF também cobram por esse serviço.
A taxa de administração, cobrada anualmente, fica a cargo da gestora do fundo e do próprio ETF. Há ainda a cobrança de corretagem para realizar operações e transações de compra e venda (de preços fixos ou variáveis).
Além disso, as corretoras e a B3 cobram, juntas, a custódia dos ativos, com o objetivo de cobrir os custos operacionais pela segurança desses investimentos.
Preste atenção também à diferença entre a tributação sobre ETFs de renda variável e ETFs de renda fixa.
ETFs de renda variável são tributados em 15% sobre o lucro apurado. Além disso, não há isenção para pessoas físicas em vendas inferiores a R$ 20.000 por mês. Já os ETFs de renda fixa são tributados diretamente na fonte. Desse modo, não há necessidade de recolhimento do imposto pelo investidor.
E então, vale a pena investir em ETFs?
Como vimos ao longo do texto, a opção por investir em ETFs parece bastante atrativa, visto que a modalidade pode ajudar investidores a diversificar suas carteiras com praticidade e baixo custo.
Mas não esqueça de antes estudar o mercado financeiro e os movimentos do dólar, dos juros e da inflação, que podem influenciar o desempenho desses fundos de índice.
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