Como se proteger de fraudes em investimentos?
Imagine juntar dinheiro por vários anos e de repente alguém tirar de você? Essa foi a situação pelo qual passaram cerca de 15% dos internautas que responderam à pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em outubro do ano passado.
O levantamento mostrou que com a facilidade que a internet trouxe para se aplicar dinheiro com um clique também vieram na garupa diversas empresas fraudulentas. Segundo a pesquisa, 68% de quem perdeu dinheiro com essas “oportunidades” nunca conseguiu recuperar e 47% nem têm mais esperança de reaver os valores.
Como não cair nessa?
A pesquisa mostrou que os esquemas de “pirâmide” respondem por 40% dos golpes aplicados. Já ouviu falar?
Pirâmides financeiras são os famosos golpes em que um investidor paga uma quantia para entrar num esquema e a remuneração ocorre por indicação de terceiros para o grupo – estes deverão atrair novos membros e assim sucessivamente. Foram nomeadas assim porque são as pessoas da base, as últimas a entrarem, quem garantem o lucro dos que estão no topo. No Brasil, a prática configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/1951). Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Em alguns casos até há venda de produtos, mas apenas para ocultar o esquema fraudulento.
Como identificar as pirâmides?
Além das promessas de ganho fácil, altos lucros e retorno garantido, golpistas prometem bônus a quem conquistar novos clientes. Esses esquemas são fáceis de desmascarar visto que não apenas faltam informações sobre o produto fornecido, como também estão ausentes informações básicas sobre a empresa responsável pelos negócios, a aplicação do dinheiro e a trajetória dos donos.
É preciso tomar cuidado para não confundir pirâmide financeira com a tática de ‘marketing multinível’ – modelo de negócio baseado numa rede de contatos, em que há distribuição de serviços ou mercadorias. Nos EUA, por exemplo, as regras definem que 70% da receita de uma empresa que utiliza o marketing multinível deve ser proveniente das vendas. O objetivo é justamente impedir que “empresários” de má fé utilizem o sistema para criar pirâmides, nas quais as principais fontes de renda são os investimentos feitos pelas pessoas que aderem ao esquema.
Investidores também devem ficar atentos
A pesquisa também mostrou que, em menor grau, está o golpe de contratação de serviço de gestão/consultoria/análise de investimentos sem o devido registro profissional na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Então, antes de contratar uma corretora para investir, verifique se ela tem cadastro na CVM, o que significa que é regulada e fiscalizada pela autarquia. O selo Cetip também é um indicador de segurança, que mostra que a instituição registra as aplicações sob CPF ou CPNJ do investidor.
Confira neste texto o que mais deve ser observado antes de contratar uma corretora de investimentos.
Fui vítima de um golpe. O que devo fazer?
O Ministério Público recomenda que a vítima faça denúncias no próprio órgão (federal ou estadual) ou às polícias federal e civil. O Ministério Público Federal, por exemplo, disponibiliza salas de atendimento ao cidadão. Outro meio de denúncia é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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