Como os mercados financeiros de outros países afetam a nossa bolsa de valores
Nas últimas décadas, a tecnologia diminuiu as distâncias do mundo. A internet, principalmente, agiu como um motor para a globalização e, hoje, todos os países estão conectados. Na economia não é diferente: mercados financeiros de outros países podem afetar a B3, a bolsa de valores brasileira, e eventos daqui também podem respingar além das nossas fronteiras. Mas como isso acontece?
Reação em cadeia
Em 2008, os EUA passaram pela sua segunda “quebra” da bolsa de valores, a maior desde o histórico “crash” de 1929. Em ambos os momentos, bancos de investimento tiveram falta de liquidez e milionários perderam suas fortunas do dia para a noite. E, claro, os efeitos foram sentidos também no Brasil.
No caso da última crise da economia dos EUA, que se iniciou com um grande crescimento da inadimplência nas hipotecas imobiliárias, ocorreu uma reação em cadeia que ameaçou o mercado financeiro da maior economia do mundo e derrubou a produtividade dos setores industrial e serviços. Como uma das consequências disso, investidores entraram em pânico e buscaram ativos considerados mais seguros, derrubando índices acionários ao redor do mundo.
No Brasil não foi diferente. Além do “efeito manada” — como é conhecido o movimento que leva muitos investidores a ter o mesmo comportamento ao mesmo tempo — de venda de ações, que derrubou a bolsa de valores, as consequências também foram sentidas na chamada “economia real”. O recuo da atividade nos EUA impacta diretamente a nossa balança comercial, diminuindo as exportações e trazendo prejuízos para empresas. Com isso, cresce o ciclo de desvalorização de ações.
Humor (e temores) dos investidores também impactam os mercados financeiros
Em 2020 vivemos outra crise global, mesmo que com outra origem. Em março, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia global do novo coronavírus, o Ibovespa, principal índice acionário da B3, chegou a cair mais de 45%. Outros mercados, como o dos EUA, da Europa e da Ásia também registraram quedas parecidas.
Mas o que funciona para o mal também serve para o bem: da mesma maneira que o novo coronavírus impactou todos os mercados mundiais, a aprovação das vacinas em diversos países levantou o “humor do mercado”. Outro fato importante foi a eleição de Joe Biden para a presidência dos EUA, trazendo um novo panorama para as relações exteriores do país e a economia mundial.
Aqui, essa onda positiva que veio de fora levou a nossa bolsa de valores a fechar 2020 com leve alta em relação ao início do ano, de 2,93%, mostrando a importância da estabilidade dos mercados mundiais.
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