Carteira diversificada: confira 7 investimentos para 2022
Diversifique sua carteira. Essa frase parece até um mantra entre os investidores e é a dica básica tanto para iniciantes quanto veteranos, seguindo aquele famoso ditado: não colocar todos os ovos na mesma cesta. “Diversificar” significa aplicar recursos em produtos diferentes, com patamares diversos de risco e possibilidade de rentabilidade, seguindo sempre o seu perfil de investidor.
A estratégia tem como objetivo, na verdade, garantir melhor rendimento possível de um cenário econômico, ao mesmo tempo em que “protege” o investidor. A “pulverização” entre diversas opções de investimentos atua para que, em uma eventual desvalorização de determinado ativo, todo seu investimento não se desidrate de uma vez.
Porém, da teoria à prática, há sempre uma distância cheia de dúvidas. Como se faz, afinal, a diversificação de uma carteira de investimentos? E, em um cenário macroeconômico desafiador como o que 2022 promete, quais investimentos encontrarão lugar no portfólio?
Vamos por partes
É importante, antes de qualquer passo, você identificar seu perfil de investidor. Neste texto há uma ferramenta que, por meio de um questionário simples, te ajuda a entender quais são as classes de ativo que mais combinam com você e sua tolerância a risco.
Porém, independentemente de você ser conservador, moderado ou agressivo, diversificar a carteira significa também investir em ativos que tenham comportamentos distintos diante do mesmo evento. Há investimentos, por exemplo, que são beneficiados pela alta da inflação, como o Tesouro Direto IPCA+, enquanto um cenário com IPCA mais baixo valoriza o consumo, o que é bom para empresas varejistas e suas ações na bolsa. Ao contar com esses dois tipos de ativos, por exemplo, o investidor tem parte do seu patrimônio protegido da inflação, ao mesmo tempo em que se beneficiará caso ela caia no ano que vem.
Outro motivo para diversificar: você colocou todas as suas economias em uma única ação e, por uma questão gerencial da empresa, os papéis passam a perder valor. Isso significa que todo seu dinheiro vai desvalorizar rapidamente. Por outro lado, se além dessa empresa, você contar com outras 10 no seu portfólio, a queda daquela ação vai impactar, porém, 10 vezes menos. É até possível que um outro ativo se valorize tanto que você nem sinta a perda.
Opções para diversificar em 2022?
São várias as opções e vai depender muito do perfil de cada um. Mas, diante do cenário atual, alguns investimentos podem te ajudar a ter uma carteira com diferentes opções e menor risco.
3 investimentos de renda fixa
Em dezembro, o Copom voltou a aumentar a taxa Selic, que chegou a 9,25% ao ano, e já sinalizou novo aumento para o começo de 2022. Com a escalada da taxa básica de juros, os títulos públicos pós-fixados, como Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, podem ser boas opções.
O Tesouro Selic 2024 é um título que pode se beneficiar das previsões que apontam uma Selic em 11,50% ao ano em 2022, conforme projeção do último Relatório Focus, divulgado em 20 de dezembro pelo Banco Central,
Além dos títulos públicos, outras opções de renda fixa são títulos privados, que podem trazer boa rentabilidade em 2022, como o CDB, LCIs e LCAs, CRIs e CRAs, além de fundos de renda fixa. Quer saber mais? Então confira neste texto!
A terceira opção para quem quer aplicar em renda fixa é por meio de fundos de investimentos. Confira neste texto como eles funcionam.
2 investimentos em Renda variável
Este realmente não foi o melhor ano para renda variável e, analisando as perspectivas, 2022 parece que ainda injetará muita volatilidade ao mercado. Porém, há peças interessantes para compor sua carteira no ano que vem.
Para os mais arrojados, a B3, bolsa de valores brasileira, ainda será uma opção. Com queda acumulada de 11% no ano, o índice Ibovespa está sendo considerado como “descontado”, isto é, abaixo do patamar que realmente vale. Porém, só é possível investir no Ibovespa por meio de ETFs (saiba mais sobre eles clicando no link).
Segundo o Relatório Focus, a projeção para o dólar em 2022 está em torno de R$ 5,50. Por isso, considerar ativos relacionados à moeda americana pode ser uma opção interessante. Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são ativos que replicam ações negociadas em bolsas do exterior, como a NYSE, de Nova York. Por meio deles, você consegue investir, aqui na Bolsa brasileira, em algumas das maiores empresas do mundo. Quer saber tudo sobre BDRs? Então confira este texto!
3 opções de investimentos alternativos
E para sair um pouco do óbvio, você pode colocar alguns investimentos alternativos na sua carteira em 2022. É sempre bom lembrar, no entanto, que estes ativos são mais arriscados.
O peer-to-peer, ou P2P, é um serviço oferecido por fintechs cujo objetivo é fazer a ponte entre os tomadores (empresas que buscam crédito) e os investidores (pessoa física). De um lado, está a empresa que precisa de recurso, do outro, investidores que acreditam nela.
O modelo acaba ajudando a agilizar o processo de crédito com menos burocracias e menos taxas entre as duas partes.
Outra alternativa é o crowdfunding. Já ouviu falar em vaquinhas virtuais? É mais ou menos isso. O crowdfunding é um investimento coletivo na internet. Existem os crowdfundings imobiliários e de empresas, oferecidos por startups (fintechs).
No imobiliário, é possível comprar “partes” de imóveis. O investidor financia a construção do imóvel e, quando o lucro chegar, recebe a remuneração. É como se, ao invés de você comprar um imóvel e receber os aluguéis mensais, você compra parte dele e se beneficia do lucro. No crowdfunding de empresas, é possível financiar a criação ou o crescimento de uma empresa que está buscando crédito. Quando o lucro chegar, recebe a remuneração.
E, finalmente, as criptomoedas. Em plataformas específicas, você pode comprar moedas digitais, como o bitcoin. As criptomoedas são geradas por sistemas computacionais de forma descentralizada e criptografada. O investimento funciona da mesma forma que o investimento em moedas físicas (câmbio). O investidor compra uma moeda virtual com o objetivo de esperar a sua valorização, ou seja, vendê-la, no futuro, por um valor maior do que o de compra.
Criptos são conhecidas por sua alta variação de preço em pouco tempo, então, é preciso estar preparado para o sobe e desce e atento para não colocar uma grande parte da sua carteira nesse tipo de ativo.
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