Caged é divulgado hoje. Como o desemprego afeta a economia?
Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto devem ser divulgados na tarde desta terça-feira (29). A projeção do mercado é de saldo positivo de 150 mil empregos para o período, com diminuição do desemprego.
Em julho, os dados do Caged interromperam a sequência negativa que se estendia desde março: foram 131.010 novos postos de trabalho formal, com os setores da indústria, da construção e do comércio liderando a retomada.
Segundo o Ministério da Economia, o resultado positivo do último mês foi influenciado pelo Programa Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm). Com a possibilidade de suspensão parcial ou total dos contratos de trabalho durante a pandemia, o programa prevê pagamento de benefício para os trabalhadores afetados.
Como o desemprego afeta a economia?
O Caged, assim como o índice de desemprego divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, serve como termômetro do desemprego no país. Antes da pandemia, o mercado de trabalho já patinava, e aumentou com a crise: no começo de setembro, eram mais de 13 milhões de desempregados.
Com parte considerável da população sem emprego ou dependendo do mercado informal, a renda das famílias é prejudicada — com o coronavírus, mais da metade dos paulistanos passou por isso, segundo pesquisa do Datafolha. Com menos dinheiro para gastar, consome-se menos e a economia fica menos aquecida.
O que está acontecendo hoje com a economia brasileira mundial configura esse tipo de desemprego como cíclico. Em meio à crise, as empresas têm de apertar os cintos, diminuir despesas e cortar funcionários. Há outros tipos de desemprego, que possuem causas diferentes, como o friccional, de indivíduos que estão trocando de emprego, por exemplo.
Já o estrutural é ocasionado pelas mudanças tecnológicas, como substituição de mão de obra por máquinas. Por fim, o sazonal é específico de algumas atividades, como agricultura e turismo, que têm seus picos em certas épocas do ano.