IR 2021: organize-se agora para não se preocupar com as garras do leão
O período para a declaração do IR 2021 para a Receita Federal começa só em 1º de março, mas organização e planejamento com antecedência são dois elementos importantes para não se preocupar com as garras do leão em 2021.
É comum que muitas pessoas contratem contadores especialistas para não terem nenhum risco de errar e eventualmente cair na malha fina. Porém, para quem decidir fazer em casa, o processo não é um bicho de sete cabeças, só é preciso ter atenção e organização. Começando desde já, a probabilidade de esquecer algum detalhe diminui muito, tornando essa obrigação anual um pouco menos estressante.
O que não esquecer para a declaração de IR 2021?
Em alguns casos, o pagamento do imposto já é “retido na fonte”, isto é, a empresa em que você trabalha já faz o recolhimento. Ao analisar sua declaração, a Receita verifica os gastos que você teve com educação, saúde, doações, pensão, previdência privada ou dependentes e define se você deverá pagar ainda mais ou se terá algum valor a receber de volta, a título de restituição.
Para fazer esse cálculo, você deve apresentar todos seus ganhos e gastos ao longo do ano na declaração anual, que pode ser entregue em dois formatos: simplificada ou completa. A primeira, como o nome sugere, é mais simples de preencher e rápida. Porém, limita a restituição a pouco mais de R$ 16 mil. Se, no seu caso, os gastos superam esse valor, melhor seguir com a completa.
Para ambos os casos há uma lista de documentos que você – ou o contador – precisará para fazer a declaração. São eles:
- Distribuição de lucros, caso seja sócio de uma empresa;
- Comprovante de rendimentos pessoa física, declaração e recibo do IR do ano anterior;
- Saldo das contas bancárias, poupança e aplicações em 31 de dezembro do ano que passou;
- Nome e CPF dos dependentes;
- Comprovantes de pagamentos para instituições de ensino, gastos com médicos, dívidas, e previdência privada;
- Comprovantes de venda ou compra de bens, como casas ou carros.
Em geral, as instituições financeiras, como bancos e gestoras de recursos de terceiros, como a Ouro Preto Investimentos, costumam enviar proativamente esses dados no início de cada ano. Para facilitar, separe uma pasta – física e no computador – especialmente para isso e guarde sempre que um novo demonstrativo chegar, assim não corre o risco de se perder nos papéis do dia a dia ou na caixa de e-mail.
Patrimônio no IR 2021: cuidado com a declaração dos investimentos e ganhos de capital
Essa dica vale para todos os tipos de investimento, tanto de renda fixa quanto variável. Verifique com a sua corretora qual é a forma de tributação dos seus títulos, ações e cotas de Fundos de Investimento e guarde as informações em planilhas do computador para ter à mão na hora de preencher o IR 2021.
Outro detalhe a que é importante ficar atento para não cair na malha fina é o ganho de capital, que deve representar um aumento de patrimônio compatível com os ganhos ao longo do ano. Imóveis, por exemplo, devem ser declarados pelo valor adquirido e não seu valor atualizado de mercado. Por exemplo: se você comprou um apartamento por R$ 200 mil e anos depois ele passou a valer R$ 350 mil, continue declarando o valor no momento da aquisição.
O objetivo da Receita é poder tributar de forma correta (15%) o lucro obtido posteriormente com a venda. Só é válida a atualização do valor caso tenham sido feitas benfeitorias no imóvel. Nesse caso, guarde os comprovantes da reforma.