Já ouviu falar de debêntures? Saiba mais sobre esse tipo de investimento
Entre as opções disponíveis para quem aplica em renda fixa, existe uma categoria ainda pouco conhecida pela grande maioria dos investidores, as debêntures. Apesar do nome diferente, elas representam uma operação simples: empresas privadas emitem títulos de dívidas aos investidores, que financiam suas operações e tornam-se credores das companhias.
As debêntures são uma boa opção para diversificar a carteira dos investidores independente do perfil — moderado, conservador ou agressivo. Entre suas vantagens estão um dos melhores rendimentos na categoria de renda fixa e, na classe de debêntures que são incentivadas, há ainda isenção no Imposto de Renda (IR).
Porém, assim como em todos os investimentos, também há riscos. As debêntures não são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege o investidor de eventuais imprevistos nas aplicações, e possuem baixa liquidez.
A logística do investimento em debêntures é simples: empresas, que não podem ser instituições financeiras ou de crédito, emitem os títulos de dívida e pagam uma determinada taxa de juros ao investidor. As razões que levam as companhias a buscar crédito vão desde a necessidade de mais dinheiro em caixa até o financiamento do crescimento da operação e possíveis expansões.
Conheça possibilidades de rendimento das debêntures
Quando pensamos na rentabilidade das debêntures, podemos dividi-las em três tipos. O primeiro é o prefixado, o qual, por ter uma taxa previamente definida, o investidor sabe o que irá ganhar do início ao vencimento.
O segundo é o pós-fixado, ou seja, o rendimento é determinado de acordo com algumas taxas já existentes, como a Selic (a taxa básica de juros do Brasil) e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Por fim, temos uma categoria híbrida, que mistura as duas anteriores: uma parte dos investimentos é prefixada e a outra pós-fixada.
E a tributação?
Para falar dos tributos que incidem sobre as debêntures, novamente precisamos dividi-las em categorias. As debêntures incentivadas, que recebem esse nome pois os recursos obtidos com elas destinam-se ao desenvolvimento da infraestrutura brasileira, são isentas de IR; já as não incentivadas possuem impostos regressivos em função do tempo de investimento. Confira:
Período de aplicação | Tributação |
Entre 0 e 6 meses | Imposto de 22,5% sobre a rentabilidade |
Entre 6 e 12 meses | Imposto de 20% sobre a rentabilidade |
Entre 12 e 24 meses | Imposto de 17,5% sobre a rentabilidade |
Superiores a 24 meses | Imposto de 15% sobre a rentabilidade |