Ordinária ou preferencial: qual tipo de ação se encaixa melhor na sua estratégia?
Com o crescente interesse dos brasileiros pela bolsa de valores e a maior facilidade para negociar renda variável, com as plataformas digitais, conhecer o mercado financeiro se tornou quase obrigatório para pequenos investidores.
No final de 2020, a B3 contava com três milhões de pessoas físicas cadastradas para investir, o que representa mais que o dobro de 2019. Porém, mergulhar nesse universo sem saber alguns conceitos pode não trazer os resultados esperados ou, pior, até arriscar o dinheiro investido.
Um dos principais papéis negociados na bolsa são as ações, que são divididas entre ordinárias e preferenciais. Sabe qual é a diferença entre elas e qual se ajusta melhor aos seus objetivos de investimento? Confira!
Como identificar os tipos de ações?
Ao abrir seu capital em um IPO (oferta pública de ações) para levantar recursos, as empresas disponibilizam “partes” do capital social da empresa para que qualquer pessoa possa comprar e se tornar sócio. Essas “partes” são as ações.
As empresas também podem decidir entre colocar no mercado tipos diferentes de ações: ordinárias ou preferenciais. Para diferenciar as duas na hora da compra é muito simples: observe o ticker da ação (se não sabe ainda o que é esse código que identifica as ações, clique aqui e leia este texto!):
- Ações ordinárias tem o ticker terminado com o número “3”;
- Ações preferenciais tem o ticker terminado com o número “4”.
Um dos melhores exemplos é a Petrobras. A empresa de petróleo está listada na bolsa com os dois tipos de ações. Então, se você deseja comprar ações ordinárias da Petrobras, procure por PETR3. Se procura pelas preferenciais, compre a PETR4.
Mas qual é a diferença entre elas?
É claro que não é só o nome e o número que muda. Adquirir cada tipo de papel tem suas vantagens e desvantagens. O importante é entender qual característica se ajusta ao seu modo de operar na bolsa, sua estratégia e perfil de investidor. Confira, abaixo, as características de cada uma.
Ações ordinárias dão direito a voto nas assembleias de acionistas. Ou seja, você pode ajudar a definir os rumos da empresa. Porém, isso vai depender de quantas ações você tem. Quanto mais “partes” da empresa estiverem com você, mais influência sobre as decisões você tem. Um pequeno investidor com poucos papeis da Petrobras, por exemplo, não tem muito poder.
Por outro lado, mesmo os acionistas minoritários podem aproveitar um aspecto importante das ações ordinárias: proteção! Conhecida como “tag along”, essa opção permite aos investidores o direito de vender as ações da empresa com 80% do valor de mercado garantido caso o controle gerencial seja alterado.
Já as ações preferenciais não dão direito ao acionista de opinar nos rumos da empresa. No entanto, se a companhia costuma fazer distribuição de dividendos, são os acionistas preferenciais que receberão primeiro ou terão direito a uma fatia maior.
Via de regra, ações prefenciais não contam com o direito ao “tag along”, embora algumas empresas escolham estender esse direito para os dois tipos de ações. Contudo, há um tipo de proteção a que os ordinários nunca têm acesso: no caso de falência da empresa, são os acionistas preferenciais que recebem primeiro caso a empresa seja liquidada para pagar aos credores.
Além disso, em geral, as ações preferenciais costumam ter mais liquidez, isto é, são negociadas com mais facilidade.
Como decidir qual é a melhor para a sua carteira?
Investidores com grandes valores alocados podem preferir as ordinárias, pela possibilidade de votarem em decisões que impactam o futuro da empresa.
Por outro lado, para quem não tem um grande patrimônio e quer começar a montar um “colchão” de renda passiva recebendo dividendos, optar pelas preferenciais pode ser o melhor negócio.
Neste texto falamos com mais detalhes sobre como é possível viver de dividendos, uma estratégia utilizada por grandes investidores, mas é preciso ter disciplina, paciência e visão de longo prazo!
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