Quais os impactos do Spread Bancário?
O spread bancário refere-se à diferença que um banco paga a um investidor para obter recursos e cobrar para realizar empréstimos. Ou seja, é a diferença entre a taxa de empréstimo e a taxa de captação.
Quando o spread está alto, ocorre uma limitação ao acesso das pessoas ao crédito, afetando negativamente a eficiência, produtividade e crescimento da economia do país.
Um exemplo de cálculo é quando um investidor deixa seu dinheiro render na poupança com uma taxa de 5% ao ano. Posteriormente, o banco empresta valor para outra atividade econômica, com um empréstimo de 15% a.a.
Dessa forma, a instituição lucraria 10% sob esse valor, enquanto o investidor ganha 5% de rentabilidade.
O Brasil é conhecido por ter um dos spreads bancários mais altos do mundo, devido à alta concentração bancária em cinco instituições. Entre elas, estão o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Essas organizações representam a maioria dos empréstimos no país.
No entanto, a entrada de novos concorrentes, como bancos e serviços financeiros digitais, pode ajudar a otimizar o setor e reduzir a carga tributária. Além disso, a eficiência na recuperação de crédito de inadimplentes também pode contribuir para a queda do spread bancário no Brasil.
Impactos
Em termos práticos, o spread bancário afeta diretamente o bolso das pessoas, pois está relacionado aos juros que elas pagam quando precisam de um empréstimo.
Se estiver alto, significa que as pessoas têm acesso ao crédito de maneira mais limitada. Dessa forma, isso pode afetar a eficiência, produtividade, desenvolvimento e crescimento da economia em todo o país.
Os bancos explicam que, por conta do risco ao liberar o empréstimo, os juros precisam ser cobrados, como a taxa de inadimplência, custos administrativos, tributos e depósitos compulsórios.
A cobrança da taxa de inadimplência afeta pessoas ou instituições que não pagam à instituição o dinheiro que pegou emprestado. Já os custos administrativos referem-se aos salários e despesas das organizações que emprestam esses valores.
Os tributos, por sua vez, que impactam o spread bancário são o Imposto de Renda, IOF (Imposto sobre Operação Financeira), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Financiamento da Seguridade Social) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Por fim, os depósitos compulsórios ocorrem quando o Banco Central retém parte dos valores captados por outras instituições. Além disso, a organização destina parcelas desses recursos para o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), visando controlar o volume de dinheiro em circulação no território nacional.
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