Como começar a investir em fundos de renda fixa
Com a taxa Selic a 13,75%., pode ser vantajoso para alguns investidores ajustarem suas carteiras e passarem a realizar aplicações financeiras em ativos de renda fixa.
De acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os fundos de renda fixa se destacaram no primeiro semestre deste ano, somando R$ 88,8 bilhões de captação líquida. Entretanto, em comparação ao mesmo período do ano passado, esse valor representa uma queda de 25%.
Apesar desse recuo, a rentabilidade acumulada de renda fixa foi um dos destaques em julho.
Veja, a seguir, as principais diferenças da renda fixa e como começar a investir nesse tipo de investimento.
O que é Renda Fixa?
A renda fixa é uma forma de investimento composta por diversos ativos. Entre eles, estão os Títulos Públicos e Privados.
Investir nessa modalidade é praticamente emprestar seu dinheiro para o emissor do papel, seja uma empresa, instituição financeira ou ao governo. Após a aplicação do capital, a remuneração é pré-fixada, já deixando o investidor informado de quanto receberá no retorno.
Os produtos de investimentos em renda fixa são divididos em quatro categorias: referenciados; simples, que são de curto prazo não se enquadram como referenciados; de dívida externa e de crédito privado.
Além disso, os principais fundos de renda fixa são os títulos públicos federais — por exemplo, o Tesouro Direto — e debêntures. Esses papéis são emitidos através de Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
Qual a melhor opção para investir?
A decisão de qual título investir passará pela escolha de cada um. No entanto, vale ressaltar que os fundos de investimento são administrados por profissionais especializados. Dessa forma, o investidor não tem total autonomia para escolher qualquer opção.
Além disso, o investimento em renda fixa pode apresentar outra desvantagem. Para qualquer aplicação, seja em títulos públicos — CDBs, LCIs e LCAs — ou debêntures, é necessário desembolsar uma taxa para investir nesses fundos.
Em consequência, esse tipo de aplicação pode render mais para quem tem maior poder aquisitivo. No entanto, uma vantagem é que a partir de R$ 100 é possível realizar esse tipo de investimento.
Em seguida, é preciso tomar cuidado com a marcação a mercado, que pode prejudicar o faturamento do investidor que precisa vender o título antes do prazo pré-estabelecido.
Além do mais, apesar da falta de autonomia, o investidor pode construir sua própria estratégia de aplicação, e conta com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Essa precaução possibilita maiores rendimentos, já que o investimento não fica submetido ao come-cotas.
Afinal, como investir em renda fixa?
Para investir em qualquer investimento de renda fixa, é necessário possuir cadastro em qualquer instituição financeira. Posteriormente, é necessário aplicar um valor no tipo de fundo que você quer.
O próximo passo é escolher qual tipo de investimento, seja debêntures, CDBs, LCIs e LCAs. Caso surja alguma dúvida, a maioria das plataformas disponibiliza um programa de simulação, para que o investidor possa ver qual alternativa é melhor para sua carteira.
Por isso, para identificar qual a alternativa mais vantajosa, é necessário fazer as contas de qual ativo haverá o melhor custo-benefício. No entanto, não esqueça de colocar seus objetivos pessoais como fator determinante na hora da compra.
Por fim, após decidir qual é a melhor opção de investimento em renda fixa para sua carteira, basta ir na opção de “comprar”. Posteriormente, basta inserir a quantidade que você quer aplicar e concluir a assinatura digital para o fundo.
Conclusão
Investir em renda fixa pode ser vantajoso com a taxa Selic a 13,75%. No entanto, a segurança dos investimentos pré-fixados impossibilita que os investidores ganhem quando os juros estiverem maiores. Além disso, é necessário ficar de olho nas outras normas que podem afetar seu faturamento.
Em contrapartida, é certo que a renda fixa pode gerar lucros. O importante é diversificar o portfólio. Com uma boa variedade de investimentos na carteira, é possível obter maiores retornos em suas aplicações.