A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) divulga, nesta quinta-feira (11), seu relatório mensal sobre as perspectivas de mercado para a commodity. A expectativa é de que o apetite global por petróleo continue em níveis mais moderados ao longo de todo o primeiro trimestre deste ano.

No último relatório mensal, divulgado em 14 de janeiro, o cartel manteve a aposta de que a produção ao longo de 2021 será de aproximadamente 95,9 milhões de barris por dia. Isso representaria a recuperação das perdas do setor em 2020, quando a produção chegou a cair 10%. Mas ainda não  alcançaria o desempenho de 2019 (98,3 milhões de barris/dia).  

Segundo o documento, o motivo são novas medidas de distanciamento social que surgem com o aumento nas taxas de morte e infecções pelo novo coronavírus.

As projeções da demanda são importantes por influenciarem os preços do petróleo no mercado internacional: quando há muito petróleo, o preço cai; quando a quantidade é pouca, o valor sobe. A variação, por sua vez, não afeta somente quem negocia os contratos da commodity, mas também investidores com aplicações direta ou indiretamente relacionadas ao ativo.

Petróleo e investimentos

O petróleo, há muitas décadas, é um dos personagens principais da economia global. Utilizado principalmente como fonte de energia, esse recurso natural movimenta uma parte significativa do mercado mundial. 

Todos os dias circulam bilhões de dólares no comércio dos contratos de Brent e WTI, os dois principais tipos de petróleo negociados no mercado de ações. Os papéis de companhias petrolíferas, como a brasileira Petrobras, também tendem a flutuar de acordo com a commodity. 

Além disso, não só quem investe diretamente em empresas do setor é impactado pela variação. Como a Petrobras representa cerca de 10% do Ibovespa — o principal índice acionário do Brasil — todo o mercado de renda variável, incluindo os fundos de investimentos,  sente o efeito das subidas e descidas do petróleo.

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