O que é value investing?
Ao começar a investir no mercado de ações é comum que os investidores fiquem com dúvidas sobre como escolher quais ativos vão compor a sua carteira. Basicamente, existem duas formas de avaliar ações: por meio de análise técnica, ou gráfica; e a fundamentalista, que leva em consideração os aspectos gerenciais e resultados patrimoniais da empresa. A estratégia de “value investing” vem justamente desse segundo tipo de análise.
Mas, entre tantos detalhes que as empresas apresentam, quais são os que realmente importam para entender se vale a pena investir nos papéis?
Confira!
Vale mais do que parece
A premissa do value investing é bastante simples: comprar papéis que estejam precificados abaixo do que realmente valem. Mas quais aspectos das ações dão ao investidor essa pista? No mercado, esse conceito é chamado de “margem de segurança”, que é a diferença entre o preço que um ativo é negociado e seu “valor intriseco”, isto é, quanto ele realmente valeria.
Mas por que uma empresa estaria mais “barata” do que ela realmente é?
Diversos fatores contribuem para o preço de uma ação. O momento da empresa, seu posicionamento no setor em que ela atua, a conjuntura econômica do momento, perspectivas futuras do mercado. Porém, um mau momento de uma empresa ou setor não significa — necessariamente — que não se trata de um bom investimento.
Desde o início da pandemia da Covid-19, diversas empresas sofreram e tiveram grandes quedas no valor das suas ações. Os setores de shopping centers e de turismo, incluindo empresas aéreas, foram alguns dos mais afetados. Porém, há entre elas companhias que no longo prazo podem trazer bons resultados porque têm bons “fundamentos”. Mas o que é isso?
Indicadores fundamentalistas
Para analisar se uma ação tem um bom potencial de valorização, especialistas do mercado consideram diferentes indicadores fundamentalistas. Confira dois exemplos:
1 – PL (Preço / Lucro)
Não tem segredo: ele relaciona o preço unitário da ação pelo lucro por ação.
O Lucro por Ação, por sua vez, é obtido ao dividir o lucro líquido de uma empresa nos últimos 12 meses pelo número total de ações que ela emitiu nesse mesmo intervalo.
Ou seja: quanto mais baixo é o valor do PL, maior é a lucratividade atual de suas ações. Esse indicador é comumente utilizado para comparar o desempenho de ações de diferentes empresas.
2 – ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido)
O ROE (Return on Equity, na sigla em inglês) é a divisão do lucro líquido de uma empresa por seu patrimônio líquido, e pode ser usado para analisar a eficiência da gestão atual. Isso porque ele mostra quanto a empresa conseguiu gerar de lucro a partir de cada real investido nela.
De forma geral, o ROE de uma empresa com uma gestão eficaz tem o valor em torno de, pelo menos, 10%.
Neste texto falamos mais sobre outros indicadores fundamentalistas. Clique e confira!