Já usa o PIX? Como a modalidade está mexendo com a economia brasileira
Até pouco tempo atrás, quem precisava fazer ou receber um depósito antes do final de semana tinha que ficar de olho no relógio: se a transferência fosse realizada depois das 17h, o valor só estaria disponível na conta na próxima segunda-feira. Mesmo em dias úteis não era possível movimentar nenhum valor depois desse horário. As TEDs (Transferência Eletrônica Disponível) só eram processadas no outro dia pela manhã. O Pix chegou para mudar tudo isso e ir além.
O serviço de pagamento instantâneo, disponibilizado pelo Banco Central em dezembro de 2020, permite a transferência de valores entre instituições financeiras em questão de segundos, 24 horas por dia e sete dias por semana. A modalidade, é claro, caiu no gosto dos brasileiros.
Segundo dados do Banco Central, divulgados em fevereiro, o novo serviço ultrapassou a marca de 200 milhões de transações mensais e já deixou para trás os modelos tradicionais de transferência, DOC (Documento de Ordem de Crédito) e TED. Até então, 65 milhões de pessoas já tinham se cadastrado e esse número não para de crescer.
Além de agilizar as transações entre pessoas físicas, o Pix também pode ser útil para os negócios e investimentos? Confira!
Para investidores, qual é a vantagem?
O mercado financeiro também já encontrou formas para conseguir mais dinamismo com o Pix. Na primeira rodada de autorização do Banco Central para instituições financeiras poderem utilizar o serviço, bancos e corretoras de investimentos já garantiram a opção. Outras estão aguardando liberação pelo BC.
O objetivo é trazer ainda mais facilidade para investidores na transferência de recursos por meio de plataformas digitais. Atualmente, muitas ainda dependem dos horários restritos do TED. Com o Pix será possível transferir dinheiro da conta corrente para a corretora, disponibilizando o crédito em segundos para não deixar boas oportunidades passarem. Um exemplo: se há uma expectativa de valorização de um criptoativo e você quer mover seus recursos para aproveitar a onda, mas já são 17h. Com o TED, a oportunidade seria perdida. Com o Pix, não!
Outra possível aplicação será em nome do conforto: será possível, por exemplo, utilizar o tempo livre da parte da noite para organizar os recursos com a corretora e já deixar suas ordens agendadas para o próximo dia.
Débito, crédito ou Pix?
Outros dados do Banco Central revelaram que a adesão do varejo ao Pix também está crescendo de forma significativa. Em novembro do ano passado, um mês antes de o Pix chegar, R$ 1,3 bilhão foi transferido de pessoas físicas para empresas. Esse número subiu vertiginosamente desde então. Em fevereiro, chegou a R$ 14,5 bilhões.
A pesquisa “Prime Time For Real Time”, realizada pela empresa de tecnologia ACI Worldwide no início de março, mostra que desde o lançamento do Pix o Brasil subiu uma posição no ranking de países que realizam mais transações em tempo real, chegando ao oitavo lugar e ficando acima dos EUA.
Ao todo foi mais de 1 bilhão de transações em 2020, o que corresponde a 58% de aumento em relação ao ano anterior.
O que atraiu o varejista para a modalidade é a velocidade e a redução de custos. O Pix não custa nada para quem faz nem para quem recebe e o valor cai em segundos na conta. O serviço é mais atrativo, nesse ponto, que o cartão de débito, que tem custos; e também leva vantagem em relação ao cartão de crédito, que além de ter taxas ainda demora 30 dias para transferir o valor para a conta do comerciante.
E não são só os pequenos varejistas que aderiram ao serviço. Grandes e-commerces como Americanas e Mercado Pago (do Mercado Livre) também já estão trabalhando com o Pix. A expectativa dos especialistas é que até o final de 2021 grande parte dos maiores players do mercado adotem a modalidade para garantir competitividade.
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