Fundos “de papel” ou “de tijolo”: em qual investir no segundo semestre?
Com a queda nos preços dos ativos, muitos investidores estão em busca de novas oportunidades para lucrar. Nesse contexto, os FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) podem ser uma ótima opção para quem quer diversificar sua carteira.
No entanto, existem diferentes modalidades de FIIs com características específicas, sendo os principais fundos “de papel” e “ de tijolo”.
Quando se trata de investir em fundos imobiliários, é importante entender as diferenças entre eles. Fundos de papel são criados a partir da compra de cotas de outros fundos imobiliários, enquanto os fundos de tijolo são compostos por ativos reais, como edifícios e terrenos.
Qual escolher?
A indústria dos fundos imobiliários apresentaram uma queda acumulada no Ifix de 0,31% no primeiro semestre de 2022.
Desse modo, a expectativa para o segundo semestre não é das mais otimistas. O mercado deve seguir volátil diante das eleições presidenciais de outubro. O aumento da inflação e da Selic também pode tornar o cenário macroeconômico mais desafiador.
Diante dessa conjuntura, o investidor de FIIs pode estar se perguntando: Afinal, qual o melhor, fundo de papel ou fundo de tijolo?
Antes de mais nada, vale destacar que ambos os fundos podem ser boas opções para investir, mas é importante analisar qual se adequa melhor às necessidades individuais de cada investidor.
Além disso, entender o cenário econômico é importante para fazer boas escolhas na hora de investir. É necessário estar atento às variações da taxa de juros para tomar a decisão mais acertada em termos financeiros. Acompanhar as notícias e os indicadores é uma recomendação para ter uma noção melhor sobre a dinâmica do mercado.
Fundos de tijolo costumam ser mais sensíveis em cenários de apertos monetários. Isso porque uma queda na atividade econômica tende a gerar um ambiente menos favorável para os investimentos em imóveis.
Atualmente, os fundos de tijolo apresentam cotas com mais descontos quando comparados ao valor patrimonial dos ativos. Dessa forma, apostar nesses fundos pode ser uma boa oportunidade visando uma possível retomada econômica.
Já os fundos de papel ganham ainda que em um cenário de alta dos juros e da inflação, tendo em vista que eles investem principalmente em títulos de renda fixa do setor imobiliário. Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são papéis que se beneficiam com o aumento da Selic.
Sendo assim, ainda que no segundo semestre a economia seja afetada pelo avanço da inflação e aumento da taxa de juros, os fundos de papel continuarão sendo uma boa opção para quem busca segurança e rentabilidade.
Diante disso, o investidor não precisa abrir mão de um fundo para ter o outro. Na verdade, uma boa combinação dos dois pode ser a melhor estratégia.
Combinar o fundo de tijolo e o fundo de papel permite diversificar os riscos e maximizar os lucros. Além disso, essa estratégia pode ser utilizada para minimizar as perdas em caso de crise no mercado imobiliário.