ETFs de criptomoedas: como investir em meio a um cenário de fortes quedas
Quando se trata de investir em criptomoedas, existem basicamente duas maneiras de fazer isso: comprar moedas digitais diretamente ou investir em fundos que replicam o desempenho desses ativos.
Se você está interessado em se expor a criptomoedas, mas não quer assumir o risco de investir diretamente nelas, os ETFs de criptomoedas são uma ótima opção.
No entanto, desde o início deste ano, as criptomoedas em geral têm sofrido fortes perdas nas suas cotações. Para entendermos a lógica por trás dessas quedas precisamos analisar o mercado financeiro em geral.
O mercado financeiro é altamente influenciado pelo sentimento dos investidores. Então, quando as pessoas estão confiantes em relação à economia, elas tendem a comprar ativos de maior risco.
Já quando estão pessimistas, os investidores tendem a vender ativos de maior risco e adquirir outros considerados mais seguros, como o ouro.
Sendo assim, quando os investidores estão pessimistas em relação à economia global, eles tendem a vender suas criptomoedas para evitar perdas futuras.
Portanto, antes de tomar qualquer decisão sobre investir em ETF de criptomoedas, é importante avaliar cuidadosamente os riscos envolvidos e entender o atual contexto do mercado global.
Cenário atual pede cautela
Como dito anteriormente, o mercado de criptomoedas vem passando por uma forte queda nos últimos meses.
Isso tem feito com que muitos investidores questionem se é o momento adequado para investir nesse tipo de ativo.
Para se ter ideia, até o mês de abril deste ano nenhum dos ETFs de criptomoedas listados na B3 apresentou retorno positivo desde que estreou no mercado.
De acordo com dados da Comdinheiro, as desvalorizações acumuladas pelos ETFs entre sua estreia até meados de maio variam de cerca de 10% até mais de 68%.
Nesse contexto, o investidor que comprou cotas do ETF HASH11 (primeiro ETF de criptomoedas listado na B3), por exemplo, viu o valor aplicado despencar mais de 60% até junho deste ano.
Apesar do cenário marcado pela extrema instabilidade, nenhum dos nove ETFs de criptomoedas listados na Bolsa brasileira sofreu perdas significativas no número de investidores (até o mês de maio).
De acordo com o último boletim mensal da B3, apenas o ETF QETH11 teve redução no número de cotistas. Os demais fundos ganharam novos investidores entre março e abril.
O que considerar antes de investir no universo cripto?
A verdade é que a criptomoeda é um investimento bastante arriscado. Quem apostou em Bitcoin, por exemplo, teve bastante prejuízo nos últimos meses. Por isso, é importante tomar cuidado antes de investir qualquer quantia não só em Bitcoin como em outros criptoativos.
Ao escolher um ETF de criptomoeda para investir, é importante considerar alguns fatores-chave, como o tamanho do fundo, sua composição, seus custos operacionais e, principalmente, o contexto econômico.
Além disso, é importante diversificar sua carteira de criptomoedas, investindo em diferentes tipos de ativos para minimizar o risco.
Outra dica importante é não investir mais do que você está disposto a perder. Como o mercado de criptomoedas é altamente volátil, é crucial saber o limite que você está disposto a arriscar antes de investir qualquer quantia.
Por fim, lembre-se sempre de monitorar sua carteira e manter-se atualizado sobre as últimas notícias do mercado.
Acompanhar esses fatores irá ajudá-lo a tomar as melhores decisões possíveis para proteger seus investimentos em criptomoedas.