Em quais custos ficar de olho antes de contratar uma corretora?
Quando uma pessoa decide investir, naturalmente há uma euforia em procurar por ativos que permitam fortes rendimentos e lucros, mas antes estudar minuciosamente e escolher produtos que equilibram rentabilidade e risco na carteira, conforme o seu perfil, se trata de um primeiro passo importantíssimo.
Entretanto, em um segundo momento, o investidor também deve estar atento às taxas cobradas pelas corretoras em que deseja se associar. Com conhecimento, você consegue ter informações exatas até mesmo sobre outros custos como impostos que podem incidir sobre o seu patrimônio.
Vamos conhecer cada um deles:
Taxa de administração
A taxa de administração varia entre as instituições especializadas e autorizadas pela CVM. Funciona como uma espécie de comissão que remunera as corretoras. O valor se baseia em um custo anual, mas sua cobrança ocorre mensalmente.
Você deve ficar de olho nessa taxa porque a alíquota influencia diretamente na rentabilidade do aporte que você realizou no investimento. Quanto maior a taxa, menor o valor a ser recebido ao fim do prazo.
Taxa de performance
Essa taxa, cobrada especialmente pelos fundos, funciona como uma gratificação quando o produto supera a rentabilidade de algum índice de referência ao qual foi indexado.
Se a rentabilidade de algum investimento supera as expectativas, o gestor ganha uma espécie de remuneração extra por ter apresentado desempenho maior que a meta.
Ela só pode ser cobrada de seis em seis meses ou em períodos maiores.
Taxa de custódia
A B3 cobra semestralmente a taxa de custódia, especialmente para quem aplica recursos no Tesouro Direto, nos primeiros dias úteis de janeiro e julho, no pagamento de juros, na venda ou no encerramento da posição do investidor.
Com ela, a Bolsa custeia as operações para a guarda dos títulos, informações e todas as movimentações das contas.
Bancos e corretoras descontam o valor diretamente da conta do investidor.
Taxa de corretagem
Essa taxa incide sobre todas as operações que você realiza em renda variável, como na compra ou venda de ações na B3. Funciona como um custo da negociação.
Quanto maior a taxa de corretagem, menor tende a ser o seu lucro com as operações.
Taxa de carregamento
Esse tipo de cobrança específica para fundos de previdência privada, dos tipos PGBL e VGBL, custeia despesas e obtenção de lucros das administradoras.
Ela retém uma parte do valor aplicado antes mesmo de o dinheiro entrar e render no fundo, com transferência automática para as seguradoras. Mas nem todos os fundos de previdência cobram essa taxa.
Taxas de entrada e saída
As taxas de entrada e saída são cobradas para aportes e resgates que são realizados antes do prazo em fundos de investimento e planos de previdência privada.
A taxa de saída funciona como uma espécie de multa que penaliza quem faz um saque que não esteja de acordo com o regulamento – mais comum em fundos de previdência mais antigos.
Já a taxa de entrada incide no momento em que o investidor precisa realizar novos depósitos, o que reduz logo no início o valor investido, mas raramente os fundos brasileiros cobram essa operação.
Imposto de Renda (IR)
Todo ano, os contribuintes declaram seus rendimentos à Receita Federal para que o governo esteja à par de tudo que ganharam e gastaram no ano que passou. As movimentações sobre investimentos também precisam ser informadas à União.
Quanto mais tempo o investidor mantém o dinheiro aplicado, menos IR precisa pagar.