E-books e audiolivros trazem novo fôlego para o mercado editorial
No mercado financeiro, adversidades geram oportunidades. Se por um lado o mercado editorial sofreu bastante com a pandemia e os espaços físicos de grandes players do setor, como Saraiva e Cultura, perderam espaço, por outro, o mercado de livros digitais tem apresentado números positivos, trazendo um novo vigor para o segmento.
O setor deposita grandes esperanças nos resultados de 2021. De acordo com pesquisa do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), em 2020, livrarias exclusivamente virtuais tiveram um crescimento de 84% na participação no faturamento das editoras, responsáveis por movimentar R$ 923,4 milhões ao longo do ano. Isso mesmo em meio a um mercado editorial que, como um todo, enxugou 8,8% no comparativo com o ano anterior – em função da pandemia.
E-books e audiolivros
Sabe aquele “cheirinho” incomparável de livro novo? Pois bem. A partir de agora, apreciar uma boa leitura não está mais atrelado, necessariamente, a ele. De acordo com a pesquisa “Conteúdo digital no setor editorial brasileiro”, coordenada pelo SNEL e Câmara Brasileira do Livro, e realizada pela Nielsen Book, a quantidade de títulos digitais lançados em 2020 cresceu 16% em comparação ao ano anterior, puxando uma alta no faturamento total de 36% se descontarmos a inflação no período. Ao todo, foram 8,57 milhões de unidades vendidas, sendo 92% de e-books e 8% de audiolivros. O faturamento das chamadas bibliotecas virtuais também cresceu 39%, enquanto as assinaturas, categoria na qual os conhecidos “clubes do livro” estão inseridos, tiveram alta de 266%.
Além disso, o mesmo estudo aponta que os meios de venda digitais já são responsáveis por 30,3% das vendas e 32,8% do faturamento do setor – aqui neste cálculo somados livros físicos e e-books.
Um novo horizonte de oportunidades
O levantamento setorial indica que a discussão não está mais focada em se é melhor ou pior ler na tela ou no papel, mas viabilizar o acesso a ambos os formatos, por meio de um sistema de distribuição ágil, ao mesmo tempo em que seja ofertado aos consumidores uma biblioteca com repertório global, reforçando que o que está fora de moda não é o livro físico, mas o desgastante exercício de procurar um livro e não encontrar.
O mercado editorial acelera o seu processo de evolução uma vez já identificado que, hoje, ele concorre com toda a indústria do entretenimento. Por este motivo, não é mais o bastante oferecer uma porção de boas opções de títulos. É preciso oferecer escolhas de como, onde, por qual meio e por quanto fazê-lo. A tecnologia chegou ao mercado editorial e com ela traz novas tendências que estão formatando novos modelos de negócio. O mercado financeiro faz a sua parte e lança as bases para este renovado segmento.
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