Com a proximidade do final do ano, grande parte dos brasileiros já planejam o que farão com o décimo terceiro salário – benefício concedido desde 1962 a todo trabalhador com carteira assinada. Diante das consequências econômicas trazidas pela pandemia de COVID-19, muitos usarão a renda extra para quitar ou abater as dívidas existentes e assim conseguir começar o próximo ano sem pendências ou então de forma mais aliviada.

O que é décimo terceiro?

É um benefício de fim de ano que foi instituído no Brasil através da Lei 4.090, e garante que o trabalhador (com carteira assinada) receba o correspondente a 1/12 da remuneração por mês trabalhado.

Tem direito à renda extra todo aquele que trabalhou ao menos 15 dias com carteira assinada para uma empresa. É importante ressaltar que o trabalhador que tiver mais de 15 faltas não justificadas em um mês, perde o direito de receber o benefício.

Quando o décimo terceiro será pago?

Conforme determina a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o pagamento do benefício deve ser feito em duas parcelas, na qual:

Primeira parcela: deve ser paga entre 1º de fevereiro a 30 de novembro

Segunda parcela: deve ser paga até 20 de dezembro

Apesar da legislação autorizar o pagamento do décimo terceiro a partir de fevereiro, normalmente as empresas realizam o pagamento da primeira parcela no mês de novembro.

Endividamento da população

 A situação não está fácil para a maioria das pessoas. Esse cenário ficou evidenciado no levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado em 04 de outubro, onde apontou que o número de famílias brasileiras endividadas chegou a 74% em setembro. Esse é o maior percentual desde 2010, quando a pesquisa passou a ser realizada.

Atualmente, são 12 milhões de famílias com algum tipo de dívida, incluindo cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e de casa.

Para quem está nessa situação, o décimo terceiro poderá ser um importante aliado para a saúde de suas finanças. Confira como utilizar o benefício da melhor maneira:

Quite as dívidas

Além de serem um problema por si só, o acúmulo de dívidas pode trazer inúmeras consequências, como:

• Não ter acesso a crédito/empréstimo;
• Não conseguir abrir uma conta em um banco;
• Não conseguir alugar um imóvel;
• Ter o nome ‘sujo’ no Serasa.

Fora isso, com o tempo – somado aos juros e multas cobrados pelas instituições financeiras e empresas – a sua dívida pode se tornar cada vez maior e profunda.

Em caso que a dívida seja maior que o valor recebido no décimo terceiro, o aconselhável é priorizar aquelas que têm juros maiores, como a do cartão de crédito e o cheque especial.

Antecipe contas de início de ano

Depois do ano novo, é hora de se preocupar com as cobranças típicas do começo de ano, que em sua maioria se tratam de impostos (IPVA e IPTU), além de matrícula e material escolar para as crianças, caso você tenha filho.

Por ser considerado um período em que justamente as pessoas acabam se endividando, um bom conselho é que você guarde parte do décimo terceiro para poder quitar essas despesas sem necessitar de fazer o parcelamento.

Monte uma reserva de emergência

Ter uma reserva de emergência é indicado para todas as famílias, afinal, nunca se sabe quando imprevistos poderão aparecer. Isso ficou ainda mais evidente durante a pandemia, com pessoas perdendo empregos ou então tendo gastos com despesas médicas.

O ideal é que a quantia seja ao menos seis vezes maior que seu custo de vida, e o décimo terceiro poderá ser uma boa maneira de começar a fazer essa reserva.

Dito tudo isso, fica claro o quanto o décimo terceiro é uma ótima oportunidade para aliviar os problemas financeiros para quem está endividado.

E você, já sabe o que vai fazer com o seu benefício? Se for investir, fale com um especialista da Ouro Preto Investimentos!

Please follow and like us: