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Crise: como o rombo bilionário impactou ações das Americanas?
O rombo de R$ 43 bilhões das Lojas Americanas é um dos principais assuntos de 2023. Se a expectativa era que pautas de política e economia dominassem o noticiário no começo de janeiro, a dívida bilionária da rede de varejo chamou atenção em diversos setores, sobretudo dos investimentos.
Inicialmente, o montante anunciado foi de R$ 20 bilhões, mas novos contratos confirmaram que o valor do prejuízo é maior. Ao invés de reportar as despesas financeiras, a Americanas registrou por anos a dívida que tinha com os fornecedores e bancos em seus balanços.
No entanto, a dívida não fez com que as franquias interrompessem suas operações. Agora, a empresa procura uma recuperação judicial para negociar o déficit. Dessa forma, a partir de negociações com bancos e fornecedores, a Americanas espera obter um desconto e novos prazos para o pagamento dessa dívida. Esse processo pode demorar meses ou anos.
Impacto nas ações
Na última sexta-feira (20), as ações da Americanas, negociadas pelo ticker AMER3, foram excluídas do Ibovespa, além de outros 13 índices. A retirada dessas listas foi após a justiça aceitar o pedido de recuperação judicial da empresa.
Uma das consequências de ficar fora do Ibovespa é a queda de liquidez dos papéis, já que as ações não terão a mesma popularidade ou alcance. Além disso, os fundos de investimentos que contavam com ativos da empresa deverão ser vendidos.
De acordo com um regulamento da B3, empresas que estão em recuperação judicial não são elegíveis para compor os índices da bolsa. Além do Ibovespa, a Americanas ficou fora de índices como GPTW, IBOV, IBRA, IBXL, IBXX, ICON, ICO2, IGCT, IGCX, IGNM, ISEE (ISE B3), ITAG, IVBX e SMLL.
No entanto, ainda será possível adquirir ações das Lojas Americanas mesmo que ela esteja fora dos principais índices do mercado. Agora, as informações de seus papéis serão divulgadas pelo Boletim Diário de Informações, formulado pela B3, no segmento “Recuperação Judicial”.
Após perder mais de 90% de seu valor em menos de duas semanas, as ações da Americanas tiveram alta de 12,68% na última segunda-feira (23). Se na sexta-feira a cotação era de R$ 0,71, os papéis já saltaram para R$ 0,80.
Contudo, no pregão do dia 11 de janeiro, último dia que antecedeu a divulgação do rombo financeiro, os papéis da empresa fecharam o dia a R$ 12. No entanto, para que as ações voltem a ser negociadas a esse preço, os ativos precisam valorizar mais de 1.400%.
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