Copom divulga nova Selic hoje. O que muda?
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central finaliza sua quinta reunião anual nesta quarta-feira (05). No final da tarde, será anunciada a nova taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está a 2,25% ao ano.
A expectativa, apontada pelas atas das reuniões anteriores, é de mais um corte, de 0,25%, deixando a Selic a 2% ao ano. Se a previsão se concretizar, será a nona redução consecutiva da taxa, renovando a mínima histórica do Copom.
Para as próximas reuniões do ano, em meados de setembro, fim de outubro e começo de dezembro, a projeção é de manutenção por enquanto. O Banco Central já havia anunciado fim no ciclo de cortes, mas, com a pandemia, retomou a política de redução da Selic, seguindo o movimento de outras autoridades monetárias ao redor do mundo.
Segundo o boletim Focus, publicação semanal que compila as expectativas do mercado financeiro, a taxa básica de juros no Brasil deve ficar a 3% no final de 2021. Para 2022, deve subir a 5% e, em 2023, atinja o patamar de 6% ao ano.
Efeitos da queda da Selic
O possível corte da Selic vem com o objetivo de estimular a economia, duramente afetada pela pandemia do novo coronavírus. Uma menor taxa básica de juros barateia o crédito, incentivando tanto o consumo quanto a produção.
Por outro lado, a Selic reduzida significa menor controle da inflação. O estímulo à atividade econômica trazido pela medida aquece a economia, o que pode levar a um aumento dos preços.
Por isso, na hora de decidir sobre a taxa de juros, o Copom também tem de seguir as metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), levando em conta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Hoje, para 2020, a meta está em 4%.
Além disso, a Selic influencia o câmbio. Uma taxa de juros menor expulsa dólares do país, pois os investidores têm retornos menores ao investir no Brasil, não compensando o risco tomado.