Selic tem maior alta em 18 anos: é melhor escolher papéis prefixados ou pós em 2021?
Mais uma vez o Banco Central cumpriu o que havia prometido. Na última quarta-feira (4), o Copom (Comitê de Política Monetária) realizou sua quarta elevação consecutiva na taxa Selic, de 1 ponto percentual, passando de 4,25% para 5,25% ao ano. Com a maior taxa de crescimento na taxa básica de juros em 18 anos, a pergunta que surge é: onde investir agora? Papéis prefixados ou pós-fixados?
Antes de mais nada, é preciso entender o que é cada um desses investimentos de renda fixa. Ativos prefixados são aqueles cuja rentabilidade é apresentada na hora da compra, ou seja, não há mudanças no quanto o investidor irá receber ao longo do tempo. Já os papéis pós-fixados seguem a movimentação de um índice de referência, como a taxa de Juros, Selic ou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do Brasil e medido pelo IBGE).
Tipos de papéis
Existem investimentos prefixados e pós-fixados tanto públicos quanto privados. No Tesouro Direto, o investidor irá realizar um aporte em uma das instituições mais seguras do país, o Governo Federal. Nessa modalidade, você estará comprando uma dívida do governo, que irá pagar de volta com juros. Nesse caso, existem três tipos de papéis: o Tesouro Selic, que segue a oscilação da taxa Selic; o Tesouro IPCA+, que paga uma rentabilidade fixa mais a inflação medida pelo IPCA; e, por fim, o Tesouro Prefixado, cuja remuneração já é conhecida no momento da compra.
Pelo lado das instituições financeiras privadas, a lógica é a mesma. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) permitem que o interessado “empreste” dinheiro a um banco para que ele possa financiar suas atividades de crédito e a rentabilidade é calculada de forma parecida que o Tesouro Direto, com opções prefixadas e pós-fixadas.
Outra alternativa de títulos privados são as debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas. O tipo de rendimento, as taxas, o vencimento, o investimento mínimo e as garantias, entretanto, variam conforme a instituição. Eles podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos (uma mistura dos outros dois modelos).
Além disso, há também o CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e o CRA (Certificados do Agronegócio), que são títulos securitizados do setor imobiliário (CRI) e do setor agropecuário (CRA).
Qual vale mais a pena?
No momento, com o ciclo de altas da Selic, os especialistas do mercado financeiro apontam que os títulos pós-fixados valem mais a pena. Isso porque diversas instituições já aumentaram suas expectativas para os rumos da Selic ao final de 2021, o que também eleva a rentabilidade atrelada a esses papéis. Os economistas do Itaú BBA e Santander, por exemplo, cravaram que a taxa chegará a 7,5% neste ano. Isto significa que quem investir em um título pós-fixado receberá um prêmio maior do que um aporte em papéis prefixados.
Importante, no entanto, é que o investidor sempre diversifique, alocando seu dinheiro em diferentes ativos. No contexto atual, uma dica é investir parte do seu dinheiro também no Tesouro IPCA+, que serve como uma proteção contra a perda monetária ocasionada pela inflação, outro indicador que tem apresentado aumento no último ano.
Quem não sente a necessidade de investir em papéis “super seguros” do governo federal, vale a pena ficar de olho nas debêntures, CRIs e CRAs, isso porque a rentabilidade obtida com esses investimentos é isenta de imposto de renda, enquanto no Tesouro Direto os investidores pagarão no mínimo 15% sobre os ganhos para o Leão, segundo uma tabela regressiva que começa em 22,5% e vai caindo de acordo com o tempo que o dinheiro ficar aplicado nos títulos.
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